Chegamos ao final do ano na Ponte Preta e algo bizarro ocorre: o departamento de futebol não tem diretor estatutário. Apesar da promessa feita pelo presidente José Armando Abdalla Junior de nomear alguém durante a entrevista coletiva após a crise política detonada pela reunião do Conselho Deliberativo no dia 24 de setembro, nada foi feito de prático.
Quando deseja pedir um conselho para algum superior, o gerente de futebol, Marcelo Barbarotti, na dúvida, vai ao espelho. Ele não tem culpa, e sim um clube confuso e com reviravoltas geradas pela disputa de poder.
Não peço a volta de Ronaldão. Está licenciado do cargo por questões de saúde e assim que procure ajuda. Agora, não há mais como ficar neste vácuo, nesta quebra de processo de decisão. Nem que seja alguém remunerado precisa ser contratado.
O tema ficou em segundo plano pelo tamanho de Gilson Kleina na história da Macaca. O seu carisma, bom papo e capacidade para extrair o melhor dos jogadores por vezes esconde problemas de estrutura.
Se a Ponte Preta fosse um restaurante de luxo, diria que ela tem uma equipe de cozinheiros e sem um chef nomeado e com autoridade. Difícil.
(análise feita por Elias Aredes Junior)