Kleina fez a bola entrar. Mas as trapalhadas continuam nos bastidores!

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A Ponte Preta respira aliviada na Série B do Campeonato Brasileiro. Duas vitórias fizeram renascer a auto estima do torcedor e esperança de dias melhores. Mérito de Gilson Kleina e da dedicação dos jogadores, que resgataram a alegria do período em que estiveram sob o comando do ex-goleiro João Brigatti.

Existe um perigo nesta estrada. Vitórias e triunfos no gramado podem gerar esquecimento de que existe uma crise política com alto grau de periculosidade e que não há como ficar alheio.

Gilson Kleina recuperou o time mas ainda temos o presidente José Armando Abdalla Junior em rota de colisão com o presidente de honra Sérgio Carnielli.

Que a cada dia fica mais distante do dia a dia do clube e não responde uma questão básica: como pagar o dinheiro que ele investiu na Macaca e que totaliza R$ 110 milhões? Ele vai assumir uma parcela de culpa pelo clube encontrar-se acéfalo de líderes e quadros de destaque já que vários foram exterminados no seu período? Pois é.

Abdalla não fica atrás. Termina o ano de modo melancólico. No Paulistão, a conquista do Título do Interior não apaga a mancha de ter flertado com o rebaixamento. Na Série B nunca existiu uma linha de trabalho a partir do gabinete presidencial. Começou com o estudioso Doriva, passou pelo motivador Brigatti, abraçou o pragmático Marcelo Chamusca e termina no sedutor e eficiente Gilson Kleina. Como dar certo? Não tem.

A bola entrou. Vitórias ressurgiram. Mas os dirigentes estão muito mais para protagonistas de um filme dos Trapalhões do que heróis de uma saga da Marvel. Triste e dura realidade.

(análise feita por Elias Aredes Junior)