Só a força da torcida levará a Ponte Preta ao acesso na Série B

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Há vários motivos para ficar inconformado com o desempenho da Ponte Preta na atual temporada. Apesar de vitimada pelo regulamento do Paulistão e ter vencido o clássico local, é obvio que perder em duas oportunidades para o Aparecidense (GO) é algo de doer a alma e destruir uma confiança que já se encontra em meia fase.

Não posso recriminar a média de publico de aproximadamente três mil pagantes por jogo. É fruto de uma agremiação arrebentada politicamente, que vive de improviso e que nos últimos anos viu suas fontes de financiamente secarem de maneira drástica. Sérgio Carnielli deixou de investir, a cota de televisão caiu de R$ 28 milhões para R$ 6 milhões, os principais patrocínios sumiram e o elenco está longe daquilo que o torcedor almeja.

Basta dizer que em 2016 o time contava com Roger, Felipe Azevedo, Rhayner e William Pottker. No ano seguinte, William Pottker e Clayson formaram uma dupla infernal. No ano passado, André Luis era a centelha de velocidade e qualidade. E hoje? O esforço e a dedicação de Jorginho não mostra duvidas de que o elenco é fraco em relação aos anos anteriores. Fruto de uma equipe com cofres combalidos.

Por enquanto, não coloco a Macaca como favorita ao acesso. Tem perfil para buscar uma posição intermediária.

O que poderá mudar isso? Como o rumo poderá ser alterado? A resposta está nas arquibancadas. As limitações do time impõe uma urgência: o acesso e a possibilidade de contar com uma cota de televisão em 2020 de, no mínimo, R$ 24 milhões da Rede Globo, mas uma verba do Esporte Interativo. Não seria loucura estipular uma verba total de R$ 40 milhões. Para mais. A vida da Macaca mudaria repentinamente.

Para que isso fique mais próximo, vencer em casa será essencial. No ano passado, dos 71 pontos para chegar ao titulo, o Fortaleza conquistou 43 pontos no Estádio Castelão. Ou 60,56% do total.

Se quiser viabilizar o acesso e a conquista do título (hoje distante), o Moisés Lucarelli precisa virar caldeirão. Pressão total. E para que isso aconteça o torcedor deve esquecer os homens e suas falhas e pensar na instituição. É a sobrevivência dela que está em jogo a partir do dia 29 de abril.

(Elias Aredes Junior)