A votação no Conselho Deliberativo e a chance concedida a Ponte Preta: viver com maturidade e andar com as próprias pernas

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Feliz é aquele que inverte o sentido da sua vida. Solta as amarras da dependência, abraça a coragem e a determinação como normas de vida. Isto vale para pessoas e instituições como a Ponte Preta.

Após a vitória da atual direção no Conselho Deliberativo e a aprovação de seu balanço financeiro, vejo o clube como um jovem que por muito tempo ficou na casa dos pais. Trabalhava, é verdade e ganhava seu sustento. O final do mês, entretanto, era reservado para uma conversa com o pai (leia-se Sérgio Carnielli).

Pedido de dinheiro para pagar uma conta aqui e ali. O jovem casou, ganhou responsabilidades (alcançou a divisão de elite) mas não esquecia de desembarcar na casa paterna para pedir um trocado.

Eis que um dia o jovem brigou com o pai. Tudo cessou. E ele se viu na obrigação de tocar a vida com o dinheiro que têm em mãos. Cortou gastos. Abriu mão de regalias. Com o tempo, descobriu que era possível viver com dignidade, sem muletas.

A Macaca e sua gente encontram-se em idêntica situação. Claro que existe o medo e o temor de sucumbir sem a ajuda de quem sempre estendeu a mão. O fantasma do fracasso é forte.

Que tal olharmos sobre outro ângulo? Ou seja, de que é uma chance da Ponte Preta amadurecer. Entender que muitas vezes o sonho pode ser buscado sem arroubos e loucuras e sim com responsabilidade e planejamento. Fazer muito com pouco. Ou com muito se ocorrer uma participação gigantesca no programa de Sócio Torcedor.

Oportunidade para a Ponte Preta retomar as suas raízes. Um clube efervescente, com debate intenso, mas com a comunidade próxima. Que joga junto. Que transforma o jogador ruim em regular e no que é bom em deus dos gramados.

O destino abriu as portas para a Alvinegra andar com as próprias pernas. Que não desperdice.

(Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. Parabéns. Pelo comentário, exatamente o que a Ponte deve fazer,para isto deve agregar em volta de si a todos os que amam o clube, o Sergio Carnielli foi e sempre será uma pessoa ilustre no clube, pois sem sua ajuda nos estaríamos em situação falimentar como.o outro clube de Campinas mas ele comprou o peixe .E poem peixe nisto.toneladas, mas com os anos esqueceu
    De ensinar o clube e seus pares a pescar, não podemos exigir muito mais dele no tocante à investimentos mas sim de sua capacidade empresarial assim como de outros PONTEPRETANOS , como seu Mário Ponte Preta, e outros , divisão como bem define a expressão separa neste caso pessoas que têm interrese iguais , mas porem divergem nas opinoes
    Se todos pararem para refletir um pouco.acabariam vendo como poderiam somados acrescentar muito.
    Oposiçao , situação são salutares quando são motivadas por ideias antagonicas.porem construtivas para o bem da coletividade as vaidades tem de ser postas de lado.e somente o amor pela mesma agremiação seja o ideal
    Para sempre PONTE PRETA

  2. Após duas décadas o reinado acabou!!!! Pensei que esse dia nunca chegaria.

    Após esse grito de liberdade, cabe a Diretoria da Ponte solicitar ao Conselho Deliberativo a contratação de uma auditoria externa independente para se saber o quanto de fato a Ponte deve a pessoa física do ex-presidente e de sua(s) empresa(s), o valor que se encontra no balanço para mim é fictício, pois em muitas situações o Sr. Carnielli agia simultaneamente como banqueiro e representante legal do cliente endividado, logo estabelecia o quanto emprestar e o quanto cobrar de juros.

    Tudo aquilo que estiver comprovado, contabilizado e declarado à Receita Federal e ao Banco Central a Ponte tem a obrigação moral e legal de pagar ao Sr. Carnielli, aí os advogados das partes que entrem em ação e se acertem para que nenhum dos lados se sinta prejudicado nessa negociação.

    Agora, tudo aquilo que não tiver comprovação, comprovação duvidosa ou não estiver contabilizado e/ou justificado perante aos órgãos fiscalizadores do Governo, a Ponte não deve pagar, aí se achar necessário o sr. Carnielli e/ou seus herdeiros que adentrem na Justiça para discutir a sobre o que acham que tem direito.

    E segue o jogo….