Não tenho a minima noção se Marcondelli será um sucesso na Ponte Preta. Não consigo imaginar se ele fará a alegria dos torcedores e será uma grata surpresa. Foi acionado no segundo tempo para incutir criatividade na Alvinegra, emperrada pela marcação do Operário (PR).
Acertou jogadas, errou outras e no final saiu aliviado pela vitória. Um observador de futebol não pode deixar passar posturas e comportamentos. E nos seus primeiros 90 minutos, o jogador demonstrou um requisito: fome de bola. Vontade de vencer. Interesse.
Nos últimos anos, a Macaca fez contratações com medalhões e achava que toda a solução estavam com gente com rodagem. Claro, que existem exceções, como o atacante Roger e em certa medida o volante Fernando Bob.
O atleta consagrado que atua em clubes deste quilate encara a estadia como a “sobremesa do futebol”. Ou seja, o principal já foi feito. Se entregar algo a mais, ótimo. Caso contrário, tudo bem. Mas a Ponte Preta não pode aceitar isso.
Repito: tudo pode dar errado e daqui alguns meses Marcondele despedir-se da Macaca como muito outros. Sua participação inicial, no entanto, serve para jamais esquecermos: deve atuar na Ponte Preta quem tem vontade e se importa com ela. Caso contrario, melhor nem pensar.
(Elias Aredes Junior)