Volantes brucutus: como aproveitá-los com sabedoria no futebol campineiro

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Tanto Guarani como Ponte Preta começaram a Série B do Brasileirão sob desconfiança. O futebol exibido não agrada e fica longe de arrancar suspiros. Existe uma preocupação especialmente com a qualidade do trabalho do meio-campo . Uma ferida precisa ser tocada: a predileção por volantes de contenção, os clássicos brucutus.

Neste Século 21,  a marcação é intensa e os armadores são destronados de sua condição de intocáveis. Quase não pegam na bola. Resultado: ou a bola fica no pé do zagueiro, que conduz o jogo quase no meio-campo ou com os próprios cabeças de área, detentores de um festival de passes errados.

Um amigo de imprensa considera que Deivid nem tem sido desastroso ao sair ao ataque no revezamento com Ricardinho. Respeitosamente discordo. Apesar do desempenho satisfatório contra o Paraná, muitas vezes nesta edição da Série B Deivid levou os torcedores a loucura com seguidos passes errados.

De Edson nem precisamos esticar o assunto. Erra em demasia. Reconheço o seu poder de marcação incansável. É impossível esquecer que muitas vezes entrega a bola em domicilio ao adversário.

Qual a solução? Dispensar os atletas? Por incrível que pareça não. Se eles foram contratados é porque certamente os gestores de futebol vislumbraram qualidades. O que se deve fazer é diminuir os erros e explorar as suas virtudes, especialmente na marcação.

Neste caso, o segundo volante, geralmente mais qualificado deve permanecer ao lado para receber o passe na menor distancia possível e iniciar a jogada. Enquanto a cabeça de área fica fixa. Simples? Concordo. Mas é na simplicidade que as soluções aparecem.

(Elias Aredes Junior)