E m determinadas ocasiões tenho dificuldade para entender os conceitos de um jogador de futebol. Senão vejamos: após ser goleado pelo Botafogo por 4 a 1 no sábado pela manhã, a Ponte Preta consegue a reabilitação diante do Londrina. Ok, o desempenho esteve muito longe do ideal e o sonho do acesso ainda parece distante. Mas abriu-se a chance dos jogadores respirarem aliviados.
Eis que na saída no gramado, o repórter da Rádio Brasil, Luiz Felipe Leite interpela o volante Gerson Magrão e pergunta se o triunfo serviu para lavar a alma do torcedor pontepretano. A resposta você confere no áudio abaixo:
Pergunta básica: o que Gerson Magrão ganha com isso? O que recebe em troca ao demonstrar desprezo ao sentimento dos torcedores que compareceram ao estádio Moisés Lucarelli e debaixo de chuva presenciaram a vitória pontepretana? Vou além: gente das mais diversas classes que saiu de casa para assistir um jogo às 21h30. Repito: o que Gerson ganha?
Está bravo porque foi colocado no banco de reservas? Questiono: qual a culpa da torcida? Eu respondo: zero.
Certamente Gerson Magrão já sentou na arquibancada. Já vibrou com seu time de coração. Com tal declaração, mostra que esqueceu o que já passou e sofreu.
Deveria pedir desculpas por frase tão infeliz e tratar de demonstrar um futebol condizente com a expectativa criada por essa mesma torcida, que não suporta conviver com atletas indiferentes aos problemas e agruras do torcedor. Um pouco de respeito e empatia nunca fazem mal a ninguém.
(Elias Aredes Junior)