É um ato correto o Guarani abrir mão do futebol de Ricardinho para 2020? Não, não é!

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O futebol é ingrato. Refratário aos críticos, pensadores e jogadores e técnicos com personalidade. Paulo César Caju é exemplo acabado. Gente que faz história e deixa legado dentro e fora do campo. Acumulam o carinho de funcionários, torcedores e admiradores. Ricardinho é o modelo de tal conceito.

Não está na história do Guarani somente porque fez o gol do acesso. Ou porque no ano passado demonstrou um futebol dinâmico, voluntarioso e com qualidade na entrega de bola.

Ricardinho demonstrou seu comprometimento, amor e carinho pelo Guarani na hora da turbulência. Foi colocado na reserva e não há noticia de uma reclamação sequer ou muxoxo contra a comissão técnica ou companheiros. Pelo contrário. O que apurei é que é alguém colaborativo, caprichoso no trabalho profissional e consciente da situação do Guarani tanto no gramado como fora dele.

Fica a pergunta: por que cogitam abrir mão de um jogador com sua qualidade e experiência conforme noticiado por Washington Mello? Caiu de produção em 2019? Ora, não há ser humano na face da terra que tenha 100% de boas jornadas. E a má fase de Ricardinho não pode ser colocada na vala comum. Contra o Figueirense, em Florianópolis, se os três pontos foram conquistados foi pela sua entrega no gramado quando foi acionado.

Após o final da Série B até imaginei que o melhor seria o fim do ciclo de Ricardinho no Guarani. Pensei: como abrir mão de um jogador de tamanha capacidade técnica e liderança em um futebol tão medíocre como o atual?

Thiago Carpini deveria pensar que contar com a excelência ao lado só faz a gente crescer e evoluir. Ganha o profissional e a instituição. Espero que a comissão técnica e o Conselho de Administração tenham a visão e a humildade de reconhecer o papel de Ricardinho no Guarani dos últimos anos.

(Elias Aredes Junior)