Análise: detalhes que ainda não foram lembrados por Gustavo Bueno na Ponte Preta

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Durante a entrevista coletiva realizada na semana passada no Centro de Treinamento do Jardim Eulina, o executivo de futebol, Gustavo Bueno em algumas oportunidades que as suas contratações para a atual temporada foram avalizadas. Ele tem razão. Inclusive por este jornalista. Que aplaudiu alguns nomes como os do armador João Paulo e outros porque recebeu recomendação de que algo positivo poderia ocorrer. Estes são os casos do volante Bruno Reis e do zagueiro Wellington Carvalho, aprovados pela imprensa que cobre o Operário (PR).

Só que contratar bons nomes não é tudo. Ajuda, mas não resolve. Alguns pontos ainda carecem de aprimoramento. Primeiro: apoio ao trabalho que está sendo feito. Sim, Gilson Kleina deixou a desejar. Mas quantas vezes os dirigentes vieram a campo defender o seu legado? Acredite: isso ajudou demais para a deterioração veloz do profissional no cargo.

Alguns requisitos que parecem banais também são desprezados. Indo na jugular: a ausência de um profissional da psicologia do esporte para dar suporte aos jogadores e a comissão técnica.

Jogar na Macaca não é fácil. A pressão chega ás raias do insuportável. Tanto isso é verdade que na sua última entrevista coletiva como técnico pontepretano, Kleina portou-se maneira arredia em relação as perguntas dos repórteres, o que não é comportamento comum de sua parte. Deveria existir um profissional disponível as 24 horas do dia para orientar os profissionais do futebol nestes momentos de extremo desconforto.

Não é transformar o clube em um grande divã. Nada disso. Mas adotar a ciência do esporte como aliada para fugir de ciladas emocionais proporcionadas pelo esporte de alto rendimento.

Quando retornou ao Majestoso, Gustavo Bueno chegou com a promessa de adotar medidas que elevassem o patamar do clube. A impressão que fica por vezes é que tudo é mais do mesmo. Isso precisa mudar. Urgente.

(Elias Aredes Junior)