Peri, Chuffi, Abib e Eberlin: não se fazem mais dirigentes como antigamente no futebol campineiro

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Por vários e vários anos, o futebol campineiro não era reconhecido apenas pela capacidade de revelar craques e incomodar os gigantes do futebol brasileiro. Um traço conhecido era a sagacidade dos seus dirigentes. Bugrinos e pontepretanos davam “nó em pingo da água” e do pouco tiravam muito.

Não existiu ninguém como Pedro Antonio Chaib no comando do futebol. Podemos eleger o melhor dirigente campineiro por dois motivos. O primeiro porque o seu clube original, o Gazeta, forjou jogadores e dois técnicos que posteriormente fizeram história na avenida dos Esportes, Zé Duarte e Cilinho.

Foi diretor de futebol na conquista pontepretana de 1969 e responsável pela montagem dos times de 1977 e 1979. E fez o alicerce para em 1981 a equipe fazer história, com uma conquista de turno de Paulistão e o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro. Foi mal como presidente? Verdade. Mas não apaga o seu legado quase indestrutível.

O segundo lugar eu escolho uma dupla formada por Michel Abib e Ricardo Chuffi. Com comando firme e sereno a dupla levou a equipe a conquista do Brasileirão de 1978 e o quarto lugar na Libertadores. Podiam não ostentar conhecimento aguçado mas fizeram história ao levar Campinas ao olimpo da bola. Não é pouco.

O terceiro lugar é de Marco Antonio Eberlin. Ganha por um tostão de Beto Zini. Apesar de ótimo negociador e expert em saber distinguir o jogador médio que pode virar excelente, Zini só viabilizou isso porque muitas vezes colocou a mão no bolso. Gastou o que não devia. Já Eberlim, forjado na várzea de Campinas fez muito com pouco. Conquistou o acesso ao Brasileirão em 1997, no Paulistão, revelou jogadores e de quebra salvou o time em 2003 no Brasileirão quando ninguém mais acreditava.

Seja com qualquer um o torcedor pode dizer algo simples e certeiro: não se fazem mais dirigentes como antigamente.

(Elias Aredes Junior)