Ponte Preta, um clube tratado como banca de feira. Por Marcos Sambo

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Quantos rebaixamentos os times de Campinas têm nos últimos 20 anos (neste século, resumindo)? Eu não sei, mas acho que ninguém está em condições de rir de ninguém. Os dois times só entram nos campeonatos para cumprir tabela e negociar jogadores. O futebol campineiro virou um negócio para cartolas desinteressados pelas quatro linhas. Só isso.

Vocês, em sã consciência, perceberam que os finais de temporada sempre são trágicos? Mesmo as melhores, como o ano em que veio o vice da sul-americana, fomos rebaixados no Brasileiro.

Os últimos paulistas foram trágicos, sempre com ameaças de rebaixamento. Diretoria e Conselho Deliberativo não estão nem aí com o time, só correm quando a água bate na bunda.  Sabem por quê? Estão preocupados apenas com grana.  Cadê o dinheiro da venda do Camilo? Deve ter sido usado para pagar dívida, salários atrasados, direito de imagem, outras despesas e evaporou. Administrar um time como a Ponte Preto é ser aprendiz de tesoureiro, nenhuma criatividade, marketing beirando o amadorismo. Parecem quitandeiros cuidando de uma barraca de feira.

Os últimos patrocínios de camisa – incluindo a Adidas-, foram negativos. Ou não tinha uniforme, ou o preço era estratosférico ou a camisa não agradava. E essa Topper? Pela Amoorrr … Que bola nas costas nós tomamos.

Numa empresa privada, essa diretoria já estaria cantando em outro quintal e esses gestores de futebol no máximo cuidariam das categorias de base.

Por isso, ser campeão é um sonho que as torcidas insistem em manter e sem nenhuma explicação lógica. Somos uma nação, um grande navio, cujo leme é tocado por crianças brincando de barquinho de papel.

Não queremos virar um ex-time.

Mais respeito com a Nega Véia.

(Marcos Sambo é jornalista. Artigo Especial para o Só Dérbi)

1 Comentário

  1. O texto publicado nesta página, resume de forma
    rápida e objetiva, o que vem acontecendo a alguns
    anos na Ponte Preta, levando a perplexidade até
    observadores incautos ou menos atentos, aos multi
    disparates e falta de compromisso e consideração, com o Clube e sua coletividade. Há mais de duas
    décadas, o grupo dominante no comando da Ponte
    Preta, vem implantando uma politica desmanche do
    que havia de bom e maravilhoso no Clube, sempre
    conseguidos através de muito trabalho, suor, amor
    e lágrimas de seus abnegados ex-dirigentes e sua
    fabulosa torcida! Vemos hoje, um Clube pobre e
    decadente em vários de seus segmentos e grandes
    valores, conquistados pela competência, durante
    anos de lutas heróicas, tanto no campo esportivo,
    como em favor deste, a construcao de suportes
    calcados em objetivos, ligados direta ou de forma
    indireta ao seu grande sonho de firmar-se com alta
    qualidade na existência do mundo esportivo!!!
    Não vou me alongar neste comentário, em função
    e respeito ao espaço definido por esta coluna,
    Contudo, gostaria, se um dia for possivel, redigir
    sobre os 23 anos de trabalho encetado por esse
    grupo instalado no Clube e quem vem, de uma
    ou de outra maneira submetento a Ponte Preta a
    pequenez de proporções quase irreversiveis num
    futuro próximo, de tal forma, que nao podemos de
    forma alguma admitir sua continuidade na direção de nossa Ponte Preta, contraiando inclusive, uma frase de um de seu integrantes; NÃO LARGO ESSE
    OSSO, de amplo dominio público .
    Saudações Pontepretanas.