Análise Ponte Preta: o cenário favorável reforçou a incompetência do departamento de futebol

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Na semana passada, este Só Dérbi reproduziu uma fala de Fernando Ferreira em que dizia de modo categórico: os clubes campineiros fazem parte de uma elite. Agremiações que jogam durante quase todo o ano, tem orçamento disponibilizado para contratações e gozam da vitrine da televisão aberta e fechada.

Pegue todo este cenário e a incompetência reinante no departamento de futebol da Ponte Preta nos últimos anos ganha cores mais vivas.

Faça uma simulação: a Alvinegra campineira disputa o principal campeonato regional do país, está sempre presente na Copa do Brasil e participa da Série B do Campeonato Brasileiro. Joga, no mínimo, 57 vezes no ano.

Todas as partidas são transmitidas pela televisão, seja aberta, fechada ou pay per view. Tem concorrentes? É verdade. Mas ao redor , em São Paulo, só temos as seguintes equipes médias ou pequenas na mesma condição: Oeste, Guarani e Botafogo de Ribeirão Preto.

O que poderia se esperar?  A capacidade de contratar atletas de bom potencial técnico e que queiram aparecer na vitrine. E que recebam um salário que não seja exorbitante. Até para não explodir o orçamento. Na prática, a Alvinegra tem três concorrentes nas mesmas condições no estado de São Paulo. Pense que o Mirassol tem estruturar melhor e não pode oferecer tal cardápio ao mercado.

Qual o resultado nos últimos três anos? Uma montanha de contratações que trouxeram mais decepção do que alegrias. Reflita: o cenário favorável não fez a Ponte Preta  arquitetar uma equipe competitiva e de oferecer condições financeiras e de trabalho que levasse de volta a primeira divisão nacional. Apesar de tantos fracassos, nada mudou. Todos no estádio Moisés Lucarelli insistem na fórmula. Erram dia após dia. Como pensar em final feliz? Não dá.

(Elias Aredes Junior)