Análise: a qualidade dos profissionais da comissão técnica precisa ser valorizada pela torcida. Ou a Ponte Preta quer novo casamento com a mediocridade?

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Escrevo antes do jogo desta noite entre Ponte Preta e Oeste. A pressão está por todos os lados. Torcedores querem reação imediata. João Brigatti precisa viabilizar a exibição de um futebol convincente. Afobação virou palavra de ordem.

Quero separar um tempinho para instigar a reflexão no torcedor pontepretano. Fazê-lo entender que se ocorrer um novo tropeço na noite desta terça-feira – que acho que não acontecer- não é o caso de jogar a toalha e pedir uma revolução.

Primeiro que o elenco é adequado para quem deseja disputar a divisão de elite em 2021. E tem outro detalhe: a alta qualidade da comissão técnica.

Escrevi anteriormente mas não custa repetir. Será que as arquibancadas virtuais tem noção do gabarito de Juvenilson Souza? Será que um profissional que faturou dois campeonatos brasileiros com o Cruzeiro e uma Copa do Brasil com o Palmeiras merece ser colocado em descrédito?

O que dizer de alguém que ao ministrar treinamentos à distância conseguiu deixar os atletas em forma para viabilizar vitórias que tiraram a Macaca da zona do rebaixamento e lhe fizeram disputar a semifinal? Pense, reflita: a quem interessa avacalhar alguém de capacidade tão requintada?

Nunca conversei com Bazílio Amaral, mas as referências são as melhores. Estudioso da bola, com formação na Unicamp, o auxiliar técnico ministra treinos modernos e antenados com o futebol mundial, é o braço direito de João Brigatti. Que dispensa apresentações.

Gerar um clima capaz de desestabilizar um trabalho que sequer começa é proveitoso apenas para os artificies das trapalhadas feitas neste ano no futebol profissional: Gustavo Bueno, Sebastião Arcanjo, Vanderlei Pereira e Sérgio Carnielli, os integrantes do colegiado do futebol.

É preciso cobrar melhor futebol sim. Mas também de valorizar o que se tem nas mãos.

(Elias Aredes Junior)