Guarani melhora em alguns aspectos administrativos. Mas a postura na opinião pública ainda deixa a desejar

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Para quem deseja adotar um tom ufanista e alienante, o Guarani está um prato cheio. Diversas obras são realizadas no estádio Brinco de Ouro e medidas servem de escudo para os defensores da atual administração.

Impossível negar o lado positivo do encontrar-se as vésperas de retomar o certificado de clube formador e a aceleração das reformas dos alojamentos para as categorias de base. Como também é de se destacar o novo placar eletrônico, que substitui o apetrecho que estava no local há quase quatro décadas. Perfeito? Opa, nem tanto.

Tais obras não me entusiasmam porque se se analisarmos no quadro geral chegaremos a conclusão que são noticias positivas sim, mas são utilizadas muito mais como cortina de fumaça de um quadro muito mais complexo.

Ou alguém esqueceu que desde agosto de 2015, o empresário Roberto Graziano tem a obrigação por sentença judicial de entregar um novo estádio, Centro de Treinamento e Sede Social? Os incautos avisam que se a obra for erguida pode ser alvo de penhora. E porque? Pela existência de dívidas. Vai melhorar? Esperamos.

Pegue tais ingredientes e acrescente o fato de algo chamado postura. Boas ações ganham relevância ainda maior quando são acompanhadas com humildade, temperança e capacidade de ouvir.

Excetuando-se um ato aqui e ali, mesmo nos bastidores, o atual Conselho de Administração mostra pouca disposição de dizer uma frase simples: “Desculpe errei e vou melhorar da próxima vez”, disse. E os erros existem.

Existem avanços? Sim, são verdadeiros. Se viessem acompanhados de capacidade de diálogo com a opinião pública acredito que a repercussão seria bem maior. (Elias Aredes Junior)