Prioridade da Ponte Preta para o futuro: colocar no passado o esquema com três atacantes

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Não tenho dom para profeta. Assim como qualquer torcedor da Ponte Preta, tenho a expectativa pela reação na Série B do Campeonato Brasileiro. Urgente e necessária. Sem levar em conta as alternativas de desfecho, algo precisa ser colocado no passado a partir de 2022: a escalação com três atacantes. Os últimos elencos foram montados em cima desta “camisa de força” e isso precisa acabar.

A escalação do trio formado por Lucca, William Pottker e Clayson durante o Paulistão de 2017 foi a largada da obsessão.

Chegou a decisão do paulistão e isso pareceu um passaporte para que o esquema ficasse entronizado como única alternativa para escapar de dissabores e decepções. Não há como negar que diversas tentativas para sair da camisa de força. E com os fracassos, a percepção de que a Ponte Preta só tinha como saída a escalação com três atacantes virou um mantra, um amuleto.

Gilson Kleina tentou sair da mesmice e apostou no esquema com três zagueiros contra o Cruzeiro.

Perdeu.

Imediatamente Kleina voltou a depositar suas fichas no trio formado por Niltinho, Rodrigão e Moisés. Nova derrota e a manutenção de Rodrigão recebeu a companhia de Josiel e Richard.

Nos últimos quatro anos, a Macaca nos últimos quatro anos já atuou com três armadores, três zagueiros, três armadores, esquema com dois atacantes, falso centroavante…um cardápio infinito! Insistência? Somente com três atacantes.

Na atualidade, qualquer treinador é refém da estrutura de elenco formulada pelo executivo de futebol. E que, invariavelmente buscou alternativas para encher o elenco de atletas velocistas em detrimento, por exemplo, de volantes com aptidão ofensiva ou centroavantes de referência.

Não dá mais. Passou da hora de mudar o filme.

(Elias Aredes Junior- foto de Álvaro Junior-pontepress-divulgação)