A chegada do atacante Júlio César e a demonstração das limitações orçamentárias do Guarani

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O Guarani anunciou a contratação do atacante Julio César, de 26 anos, e que estava no Portimonense, integrante da divisão principal do futebol português. A equipe está na  12ª posição, três pontos acima do Gil Vicente, que hoje disputaria o rebolo contra um adversário da segunda divisão. Ou seja, o atleta estava inserido em uma equipe mediana pertencente a um calendário que já não exige tecnicamente.

A contratação evidencia o real poder de fogo do Guarani. Com 26 anos, veja a lista de times nos quais atuou: Paraná Clube-PR, ABC-RN, Inter de Lages-SC, FC Cascavel-PR, Caxias-RS, Oeste-SP, Chapecoense-SC, Atlético-GO, AAPP, Botafogo-SP e Portimonense (POR). São 11 clubes em nove anos de trajetória, já que iniciou sua trajetória em 2012 no Paraná. Cigano da bola? Não chegaria a tanto. Que seu plano de carreira tem alta rotatividade, disso não tenho dúvida.

Esteve na Ponte Preta em 2019. Ficou até maio. Vinha de quatro jogos na Chapecoense. No entanto, em 2018 entrou em campo por 45 vezes com a camisa do Atlético-GO e fez oito gols. Tem velocidade, por vezes busca a linha de fundo e cumpridor de funções táticas quando é necessário. Não é brilhante na parte técnica. Clássico operário da bola.

Vai dar certo? Fracassar? Isso só veremos com o passar do tempo. Mas a sua chegada demonstra por A mais B o perfil buscado pelo Guarani: jogadores baratos, batalhadores no gramado e que possam brilhar. Ideal? Não. Mas é o que dá para fazer com o dinheiro que existe à disposição.

(Elias Aredes Junior)