A Ponte Preta não deve ter medo da Copa do Brasil

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Detonou-se uma discussão sobre a conveniência ou não da Ponte Preta utilizar o time titular para o jogo da terceira fase da Copa do Brasil diante do Figueirense, quarta-feira, no Estádio Orlando Scarpelli. O técnico Eduardo Baptista já avisou  sua intenção de utilizar força máxima,  noticia apta a derrubar as intenções da torcida ávida por presenciar o time na Copa Sul-Americana. Na opinião de muitos torcedores pontepretanos seria uma competição mais fácil de vencer. Tanto que chegou a final da edição de 2013 e por detalhes perdeu do Lanús.

Quero ir por outro caminho. Independente se vai escalar time titular ou reserva ou qualquer que seja a competição a ser dividida com o Brasileirão, o ingrediente da coragem precisa surgir no horizonte. Quando cito tal conceito eu digo que a conquista do título  ideal seria diante de uma superpotência.

Exemplo prático: o título da Internacional de Limeira tem um sabor diferente daquele conquistado pelo São Caetano. Por que? Em 1986, o time comandado por Pepe deixou o Palmeiras mais um ano na final enquanto que o Azulão bateu o Paulista de Jundiaí, um time de idêntico patamar técnico. Paulista, Juventude e Santo André fizeram história porque venceram Flamengo, Fluminense e Botafogo em decisões da Copa do Brasil. Detalhe: todos com jogos decisivos com mando de campo dos gigantes.

Pegue um exemplo recente: Portugal conseguiria o título da Eurocopa se tivesse esta sindrome de inferioridade? E o Leicester? As zebras acontecem e o futebol depende deste combustivel para arregimentar fãs. Só que sem superar o medo e o receio não há como derrubar aquilo que parece intransponível.

Vamos ao ponto: se a Macaca classificar-se para a Copa do Brasil, qual o medo de enfrentar Grêmio, São Paulo, Corinthians, Atlético Mineiro e Palmeiras? É decretação de derrota antecipada? O time não tem força? Não pode surpreender? Não só pode como deve.

O torcedor pontepretano pode e deve almejar lugares mais altos. É justo reivindicar uma equipe talentosa, competitiva e participação em finais relevantes. Nunca é demais lembrar, porém, que a história é construída de modo saboroso quando derrota-se quem se julga dono do espaço.

(análise feita por Elias Aredes Junior-Foto de Fábio Leoni-Pontepress)