A vida não está fácil para Michel Alves no Guarani. Mas algumas decisões poderiam ser repensadas

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Entendo a  frustração que invadiu o torcedor bugrino após o anúncio de algumas contratações para 2020. A esperança é que ocorresse uma mudança de patamar. Atletas mais qualificados e capazes de fazer o Alviverde disputar um bom Paulistão e até sonhar com o acesso na Série B.

Prefiro seguir por outro caminho. Coloque-se no lugar do superintendente de futebol, Michel Alves. Ok, você vai dizer que se ele por si próprio aceitou trabalhar no Guarani deveria sacar o que esperava. Mesmo assim, não dá para ignorar os obstáculos.

O ex-goleiro assumiu um clube com dinheiro curto e o que existe a disposição é totalmente monitorado pela Justiça do Trabalho. Um poder de fogo curto, incapaz de oferecer benesses e benefícios. É o pagamento do salário e pronto. Enquanto isso, o mercado recebera um Cruzeiro que só pela força da camisa vai atrair diversos interessados.

O rival por sua vez, voltou a se entender com o seu mecenas e um último caso sempre terá onde se socorrer. Para completar, equipes como Vitória, Avaí, e América Mineiro tem um lastro financeiro mais ajeitado.

Verifique que mesmo no mercado de jogadores de capacidade técnica mediana ou que ainda não se revelaram o time enfrenta forte concorrência. Basta relembrar a perda de Alê para o América Mineiro.

O cenário aponta um erro da nova gestão de futebol do Guarani: falta de atenção a quem já está inserido. Se a meta é permanecer na segundona nacional porque atletas como Ricardinho e Diego Giaretta que já provaram capacidade e retorno técnico recebem tratamento distante?. Porque não se importar com um ( e nem ligar para o interesse do mercado), mesmo com contrato em vigor e dispensar o outro?

Devemos compreender e entender as dificuldades de Michel Alves. Mas não devemos ignorar alguns vacilos cometidos no planejamento.

(Elias Aredes Junior)