Análise: Fernando Diniz sai e todo mundo fica feliz. Como? Não é difícil entender

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Fernando Diniz não é mais técnico do Guarani. Aceitou uma proposta financeira tentadora do Atlético-PR. Deixou o trabalho encaminhado para o seu sucessor. Interessante é constatar que seu repentino desligamento trouxe satisfação de todos os lados.

Do lado do treinador nem precisamos dizer. Receberá a principal chance de sua carreira. Vai disputar a divisão principal do Brasileirão e ganhará tempo suficiente da diretoria para implantar a sua metodologia de trabalho. Participará do Campeonato Paranaense com um elenco Sub-23 e terá tempo suficiente para implementar suas ideias.

Um cenário que degustaria em caso de tropeço com o Guarani na Série A-2. Se Mário Celso Petraglia cumprir com sua palavra, Fernando Diniz ganhará o ativo em falta no futebol brasileiro: tempo de trabalho.

A torcida do Guarani também comemora. Por incrível que pareça. Nas redes sociais, a impressão geral é que o Guarani livrou-se de um aventura futebolística cuja as consequência são impossíveis de serem medidas.

O toque de bola excessivo, a escassez de finalizações e a valorização de jogadores técnicos tinha resistência nas arquibancadas por confrontar-se com as caraterísticas da Série A-2, um campeonato focado no preparo físico, na marcação intensa e na entrega dos atletas. Totalmente diferente daquilo que prometeu Fernando Diniz em sua apresentação.

Na sua despedida, o ex-comandante bugrino, de acordo com informações, fez questão de enaltecer a comissão técnica fixa, sua entrega e capacidade de antecipar-se aos problemas. Na sua visão, uma equipe capaz de dar conta dos desafios da divisão de elite do futebol nacional. Tanto que teria vivido 30 dias de preparação intensa e primorosa e fadada ao sucesso.

Este é o conflito exposto. Talvez um imprevisto precisou acontecer para o Conselho de Administração e a diretoria de futebol entenderem que a solução esteja dentro do próprio Brinco de Ouro. Que o respaldo seja dado para a caminhada de 15 rodadas e que poderá culminar em um acesso tão desejado pelas arquibancadas.

(análise de Elias Aredes Junior)

4 Comentários

  1. Quais foram as equipes rebaixadas no paulistinha de 2017? São Bernardo e Audax. Quem treinava o Audax no rebaixamento? Fernando Diniz, o mesmo que tinha levado a equipe ao vice do paulistinha de 2016, ou seja podemos dizer que o vice em 2016 foi um lampejo.

    Sinceramente acho Fernando Diniz um fanfarrão, um Barbieri mais ranqueado, que fará muita fumaça no Furacão e nem sei se chegará no comoando da equipe ao fim do paranaensezinho.

    Sorte do Guarani que Diniz se foi, tem gente que o contratou que agora respira aliviado. Uma coisa é Diniz enganar numa equipe como Audax, outra coisa é no Guarani e outra coisa ainda maior é no Atlético Paranaense.

    Com Diniz no comando a diretoria bugrina prevendo um desastre, já tava arrumando desculpas, vendia o discurso que era pra torcida e imprensa entenderem que Diniz é um treinador diferenciado da maioria, com esquema tático diferente e que era preciso ter paciência se os resultados não viessem e dar um tempo pro elenco assimilar a filosofia do treinador.

    Só que o paulistinha da A2 é tiro curtíssimo, não há tempo pra respirar, em campo o pau canta….

    E agora o que fazer com os jogadores contratados pelo Guarani a pedido do treinador??? É melhor o Guarani fechar a casinha e pensar somente em se manter na A2, nada de elucubrações com acesso na A2 e Série B como foi ano passado.

  2. Se não estou enganado, a última tentativa de revelar um técnico foi com Barbieri, em 2003 (sem contar os interinos que atuaram). Desta vez creio ser diferente, pois Umberto já vinha trabalhando, conhece bem o Bugre e, principalmente, tem o respeito dos jogadores. Está aí parte da receita para uma boa temporada, mas ainda falta muito, que a torcida também abrace o novo técnico e tenha paciência com ele.