Análise Guarani: a decepção (justa!) após o jogo com o Coritiba não justifica levar o time ao inferno

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Entendo a frustração do torcedor bugrino após a derrota para o Coritiba por 2 a 0 na ultima sexta-feira. Deixou escapar uma oportunidade de entrar no grupo de classificação. Demonstrou fragilidades defensivas, especialmente na bola pelo alto. Fácil seria destruir com tudo e achar que só resta lamentar uma briga contra posições inferiores na tabela. Não sigo por essa trilha. Pelo contrário.

Não sou louco de tecer favoritismo e briga pelo acesso. Apesar de alguns bons valores como Andrigo, Régis, Davó, Lucão do Break e agora com o lateral direito Diogo Matheus é inegável a baixa qualidade do banco de reservas. Isso limita e muito o trabalho do treinador. Ele pode fazer mais? Pode. Tudo tem um limite.

Por enquanto, a campanha está longe de ser um desastre total. Encontra-se três pontos atrás da zona de classificação e de certa forma perder para dois postulantes ao acesso, Náutico e Coritiba é sintoma de que pode buscar o aprimoramento para os confrontos do returno.

Perder no Brinco de Ouro foi um imprevisto indigesto? Concordo. No entanto, não podemos esquecer da vitória sobre a Ponte Preta e o bom desempenho contra o Operário. Sinal de que existe potencial técnico a ser explorado. E que o time tem lastro emocional para instantes de pressão. Não é pouco.

E mais: são 32 jogos pela frente. Nenhum quadro é definitivo. Especialmente para um treinador que está no local há um mês e já conseguiu alguma evolução técnica e tática na equipe.

Sim, o Guarani poderia somar de 15 a 13 pontos e encontrar-se na zona de classificação. Só que achar que está tudo ruim e que o despenhadeiro está com tapete estendido é apenas sintoma de um tempo marcado pela sede de massacre e ansiedade. Calma é bem vinda neste momento. Sem estabilidade e o mínimo de tranquilidade não dá para pensar em dias melhores.

(Elias Aredes Junior-Foto de Rogério Capela-GuaraniFC-divulgação)