Análise: nem ao céu e muito menos ao inferno com o momento da Ponte. Reconstrução exige paciência

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A Ponte Preta tem grandes problemas de dinheiro gerados principalmente pelo rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O presidente Abdalla Junior, após a política atingir temperaturas elevadas com Vanderlei Pereira, nem pode cogitar o aumento das dívidas ou qualquer medida capaz de fortalecer quem bate na tecla de que o clube não consegue mais se administrar financeiramente.

A solução óbvia para a temporada, na qual tais questões devem ser prioridades, foi tomada. Empréstimos de jogadores que não serão aproveitados nos grandes clubes e maior aproveitamento das categorias de base. O momento afirma que é necessário oferecer mais oportunidades aos revelados no clube. E isso exige paciência.

No Estadual é possível fazer ajustes táticos, testar atletas, colocar os novatos no gramado para ganharem experiência e o time, assim, conseguir na maioria dos jogos resultados positivos que garantem a paz. Os tropeços comuns e eventuais, se considerarmos a pouca força do elenco, em jogos mais relevantes e nos clássicos, não atropelariam a racionalidade diretiva.

O grande problema é que a Ponte Preta inverteu os papéis. Se organizou taticamente em pleno Pacaembu para derrotar o atual campeão brasileiro – que depois viria a golear o São Caetano -, mas sofreu a primeira derrota para o modesto Linense em toda história, o que aumentou a grita nas redes sociais e dentro do próprio clube.

Eduardo Baptista e a diretoria têm que privilegiar o planejamento da temporada em vez de se preocuparem com reclamações. Exigir resultados após duas semanas de atividades no CT do Eulina com um time recheado de garotos é sinal de pouca sabedoria. Em suma, atender solicitações de resultados positivos imediatos pode ser prejudicial para o clube neste momento.

Concordo que mudanças e ajustes necessitam ser ponderados para os próximos jogos. Marciel entrou e deu dinâmica no meio-campo. Léo Artur não pode jogar de costas para o gol, mas terá concorrência de Daniel. E Gabriel Vasconcelos pode dar a qualidade que Yuri ainda demonstra ter dificuldade para desempenhar. Soluções dentro do elenco, mas que ainda necessitam de paciência e organização.

Uma vitória contra um grande e uma derrota para uma equipe modesta na primeira semana do Estadual dificilmente exige futebol. Se algum cartola ou torcedor pontepretano crê que sim, sugiro reflexão, pois parece que se esqueceu do quão grande é a reformulação no Moisés Lucarelli em 2018.

(análise de Júlio Nascimento/foto: Fábio Leoni-PontePress)

3 Comentários

  1. ,,,, Léo Artur não pode jogar de costas para o gol……

    Nem de frente, nem de lado, nem de ponta cabeça, nem de dia, nem de noite, nem que o Chico Chapa Branca garanta que ele é Seleção….

  2. Humhumm Chico, muita paciência, humhumm tá bom…. Só que restam apenas 13 jogos, se não mostrar a que veio, o campeonato acaba e pior ainda o time tem grandes chances de ser rebaixado! EB no comando da Ponte com aproveitamento de menos de 30% dos pontos disputados e vamos ter paciência.