Sim, a solução assusta, mas é preciso refletir.
A Ponte Preta tem o pior ataque dos últimos tempos – em comparação aos números -, e bateu um recorde negativo na era dos pontos corridos. A Macaca nunca havia marcado menos do que 10 gols na primeira fase do Campeonato Paulista, mas balançou as redes apenas seis vezes nesta competição.
De acordo com números do Footstas, a equipe de Eduardo Baptista precisa de 16 chutes para conseguir o gol. Números preocupantes que simbolizam a fragilidade de um elenco que depende do imaturo Yuri.
A grande esperança do torcedor se tornou Felippe Cardoso. O atacante, que está no seu primeiro ano como profissional, tem grande potencial para o futuro, mas já carrega uma responsabilidade maior que sua carreira.
Será que não há nenhuma alternativa no elenco?
Falo de Luis Ali.
Reconheço que não é um primor técnico e tem a questão física, mas o jogador foi contratado como artilheiro do Campeonato Boliviano e com características que agradavam Gustavo Bueno – o dirigente, inclusive, comparou Ali com Pottker.
Na última edição do Boliviano, Ali marcou 14 gols em 42 jogos e foi convocado para a Seleção do seu país.
Sem Felipe Saraiva e Cardoso, com Silvinho e Gabriel Vasconcelos em baixa e jovens ainda sem confiança, está na hora de colocar Alí na arena. A Ponte precisa sair da zona de conforto para tentar mudar o panorama e evitar um novo rebaixamento catastrófico.
A Ponte Preta tem o pior ataque desde 2002. Não dá pra piorar. Eduardo Baptista precisa entender que as convicções derrubam o homem. E eu havia pensado que ele tinha entendido isso após o rebaixamento no Brasileirão.
(análise de Júlio Nascimento/foto: PontePress)