Análise- o que prevalece no Guarani: improviso ou planejamento?

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Quando estudava na faculdade de jornalismo da  Puc-Campinas, em meados da década de 1990, tínhamos o costume de nos reunir em turma para fazer o trabalho designado pelos professores.

Invariavelmente, tudo era feito ás pressas, de maneira atabalhoada e as vezes sem planejamento e na sorte conseguíamos cumprir os pedidos requisitados em sala de aula.

Quando tudo terminava, com uma nota que beirava o razoável, mas com aprovação garantida, o mantra era repetido. “Sempre fizemos de última hora e nunca falhou. Não seria agora que iria falhar!?”, era a frase proferida.

Tal postura é explicada se levarmos em conta que os envolvidos eram jovens inconsequentes, sem chegar aos 21 anos de idade e sem maturidade para pensar em consequências. Inadmissível é imaginar tal metodologia inserida em um clube profissional como o Guarani, postulante ao acesso na Série B do Campeonato Brasileiro.

De acordo com informações deste Só Dérbi, o atacante Felipe Pará, recentemente contratado está na delegação que encontra-se em Pelotas para o jogo contra o Brasil. Certamente seria opção no banco de reservas devido a falta de opções de velocidade ao técnico Oswaldo Alvarez. Não vai jogar. Motivo: o seu nome não saiu no Boletim Informativo Diário (BID) em tempo hábil. O jogador foi registrado hoje, mas o técnico Vadão não poderá colocá-lo em campo.

A diretoria de futebol do Guarani alega que, apesar das taxas terem sido pagas,  ocorreu um entrave na liberação da documentação da Federação do Mato Grosso, pois Felipe Pará era jogador do Comercial (MS), que disputou a Série D do Brasileirão.

Você puxa pela memória e recorda que Richarlyson demorou para atuar por causa de problemas de documentação na China. Ou que Rafael Silva teve sua liberação dificultada por causa da liberação por parte do Cruzeiro.

Enquanto isso, clubes das Séries A e B anunciam contratações, colocam no BID em menos de 24 horas e tudo fica sem qualquer contestação. Tudo em nome do “bom ambiente”.

Das duas uma: ou o Guarani é vitima de algum complô do Mundo do Futebol ou algum amigo meu de Faculdade trabalha no Brinco de Ouro e não tenho conhecimento. Pior: considera que o destino poderá trabalhar favoravelmente como ocorria há 24 ou 25 anos. Não basta enaltecer planejamento. É preciso praticá-lo. Sempre.

(análise feita por Elias Aredes Junior)