Análise: os desafios do Ricardo Moisés para o restante de seu mandato no Guarani

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Ricardo Moisés foi salvo pela Assembleia de Sócios do Guarani. Vai arrematar o seu mandato até março de 2020. Algo que deveria ser cumprido, aliás, por Palmeron Mendes Filho, que renunciou. Tudo lindo e maravilhoso se não fosse por um detalhe: existem tarefas a serem executadas. E de modo urgente.

Ricardo Moisés terá que fazer em poucos meses um esforço descomunal para destrinchar avanços urgentes.

O primordial seria estabelecer um cronograma de obras com o empresário Roberto Graziano. Tirar do papel o que está estabelecido em sentença judicial e assinado desde agosto de 2015 pela juíza Ana Cláudia Torres Viana. O terreno escolhido é aquele próximo da rodovia dos Bandeirantes? Então que prazos para a obra sejam fixados para que o torcedor bugrino não fique com a impressão de que nada acontece ou avança.

Definir uma maneira de melhorar a frequência de público no Brinco de Ouro é determinante para o futuro bugrino. Terminar com média de 3261 torcedores por jogo é pouco, quase nada, diante do tamanho e da tradição do Guarani. Se o programa de Sócio torcedor não empolga ou envolve as arquibancadas, que sejam feitos estudos para equacionar a questão do preço do bilhete com o pagamento das despesas de jogo.

O que não dá para aceitar é assistir ao Operário terminar a Série B com média de 4347 torcedores por jogo de média e assistir a tudo passivamente.

Como presidente do Guarani, seja o tempo que for, o dirigente precisa definir uma política de comunicação que contemple ações afirmativas. Sim, o Guarani não pode e não deve virar a Lazio brasileira, conhecida muito mais por um punhado de torcedores xenófobos e preconceitos do que por suas conquistas em campinas.

Os preconceituosos são minoritários no Guarani? Sim. Mas é preciso combate-los e enquadrá-los diuturnamente. A injúria racial contra o jornalista Julio Nascimento precisa de uma definição e conclusão. E com a identificação dos culpados.

Ricardo Moisés, como presidente do Conselho de Administração, precisa criar e incentivar ações que valorizem a história dos negros que fizeram história no Guarani, como o presidente Jaime Silva, José Célio de Andrade e craques como Zé Carlos, Jorge Mendonça, Djalminha, Amoroso, entre outros.

Parecem ações pequenas, mas que se forem feitas por Ricardo Moisés, juntamente com boas campanhas no gramado, lhe transformarão em um dirigente gigante na história do clube.

(Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. “Como presidente do Guarani, seja o tempo que for, o dirigente precisa definir uma política de comunicação que contemple ações afirmativas. Sim, o Guarani não pode e não deve virar a Lazio brasileira, conhecida muito mais por um punhado de torcedores xenófobos e preconceitos do que por suas conquistas em campinas.
    Os preconceituosos são minoritários no Guarani? Sim. Mas é preciso combate-los e enquadrá-los diuturnamente. A injúria racial contra o jornalista Julio Nascimento precisa de uma definição e conclusão. E com a identificação dos culpados.”

    Não só falou, como disse tudo. o Guarani NÃO PODE ser uma Lazio, ou um Palmeiras da vida..

    Sonho pra ver o dia que o Guarani vai ser um clube que se posiciona…