Análise Ponte Preta: a diretoria executiva e de futebol nutrem apreço por Gilson Kleina? Onde estão os gestos? Por que deixá-lo nesta situação?

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Por vezes tenho duvidas sobre declarações de dirigentes. Na Ponte Preta, não é diferente. Fico intrigado a respeito do tratamento externo e público com Gilson Kleina.

Parenteses: não falo aqui do profissional bem remunerado. Falo do ser humano Kleina. Do camarada que tem família, esposa, filha, amigos e uma estrutura por trás. Gente que celebra suas vitórias e lamenta suas dificuldades. Esses sim, estão ao seu lado em todos os momentos. Colocam o ombro à disposição.

Sabem como deve ser dolorido ao técnico não conseguir engrenar um trabalho e agradar a opinião pública. Conhecem que Gilson Kleina é essencialmente um cara legal, boa praça e que merece tudo de melhor na vida.

Que carrega um fardo absurdo em suas costas. Fazer jogar um time que há tempos não agrada ao torcedor.

Pense. Reflita. O que essa diretoria fez para resguardar a integridade, a dignidade do treinador neste relance de turbulência?

As entrevistas coletivas são feitas de modo solitário. Nem um dirigente para ficar ao seu lado. Mesmo que seja ficar calado. Mas está lá. Para apoiar.

Em uma época calcada pelo massacre em redes sociais e pressões de nível insuportável achar que um único homem poderá carregar o fardo e a expectativa de quase 300 mil torcedores chega a ser um ato insano.

A diretoria não apoia. Não demite. Deixa Gilson Kleina à deriva e entregue aos leões. Por tudo que já fez pela Ponte Preta, pelos seus resultados e trajetória no estádio Moisés Lucarelli, penso que o tratamento externo e para a opinião pública deveria ser melhor conduzido por parte de Sebastião Arcanjo e Gustavo Bueno. Quem já fez história não merece ser cozido em fogo brando. Definitivamente.

(Elias Aredes Junior)