Análise Ponte Preta: hora de preservar dedos e anéis

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Profissionais conscientes do futebol dizem verdades sem buscar ferir ninguém. A derrota para o XV de Piracicaba diante de quase 10 mil torcedores não pode colocar no esquecimento o discurso do técnico Alexandre Gallo após a partida. Sem querer fazer disfarce ou enrolação, ele admitiu que tentou alternativas de jogo com a entrada de Ferrugem na lateral direita e não deu certo. Enalteceu o adversário e declarou o ponto o mais importante e que infelizmente deve ser absorvido pela torcida da Ponte Preta. A saber: o time está em formação.

Sim, o trabalho parte do estágio zero após Vinicius Eutrópio quase não transmitir instruções aos seus comandados. E Alexandre Gallo não quer dizer mas seus objetivos estão encarados com tal linha de discurso: em primeiro lugar somar os pontos necessários para escapar de qualquer risco de rebaixamento. Se der para classificar, melhor. Mas a meta é impedir que os erros cometidos no começo do ano pela antiga comissão técnica e diretoria não detone uma contaminação irreversível na campanha. Diante deste cenário, acredito que Gallo já chegou a conclusão: quando atua com cuidados defensivos e aperta a marcação, a Macaca é perigosa e competitiva. Abraçar um estilo ofensivo é a senha para derrota.

Outro ponto chama-se Campeonato Brasileiro. Gallo precisa salvar uma base, por menor e deficiente que ela seja. No ano passado, a campanha exitosa no Brasileirão aconteceu porque o time estava entrosado, formado e com uma estrutura definida por Guto Ferreira. Somou 11 pontos nas cinco rodadas iniciais e isto foi suficiente para sonhar com Copa Libertadores e sequer sentir o dragão do rebaixamento no cangote. Em 2013, aconteceu o contrário: Guto Ferreira e Márcio Della Volpe, então presidente oficial do clube entraram em rota de colisão por causa da filosofia de jogo e de estrutura da equipe e o desencontro gerou um time confuso e sem brilho. Resultado: uma vitória em cinco rodadas,  15 pontos no turno inicial do Brasileirão e o rebaixamento foi uma questão de tempo.

Reconheço e entendo o desejo do torcedor pontepretano em querer um título. É legitima tal ambição. Porém, a meta é resguardar e preservar aquilo que já foi conquistado. Diante disso, campanhas consistentes para permanecer nas duas principais divisões de elite do futebol brasileiro são imperiosas. O que vier depois disso é lucro.

(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto de Fábio Leone-Ponte press)

1 Comentário

  1. parem com essa historia de titulos….a propria diretoria descarta essa ideia !! de onde vcs tiram essa ilusão ??? se a diretoria quisece titulos,não liberaria jogadfores importantes toda vez que acaba um torneio, ela iria sim,melhorar,adquirir mais reforços,ate chegar no titulo,depois disso feito…aih ficariam a vontade de desmanchar todo elenco….mas não querem…não tem competencia pra isso.