Análise: Sem formar treinadores, Ponte Preta fica refém do mercado. Isso precisa acabar!

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Gilson Kleina não fica na Ponte Preta. José Armando Abdalla Junior anunciou oficialmente nesta terça-feira o encerramento das negociações. Não aconteceu a resposta sobre a oferta salarial. Por um lado a medida do dirigente é coerente. Nenhum clube do planeta pode ficar preso a treinador nenhum, por melhor que ele seja. Tal cenário remete a uma necessidade que precisa ser realizada com urgência no estádio Moisés Lucarelli: a retomada na formação de treinadores.

Como um clube de poucos recursos em comparação com os gigantes do futebol brasileiro, o natural seria conversar com o atual técnico do Sub-20 e lhe conceder uma oportunidade.

De que maneira adotar tal medida se o dono do posto é Felipe Moreira? Sua primeira passagem, apesar do aproveitamento satisfatório, mostrou um time débil ofensivamente, sem criatividade e uma incapacidade de comunicação por parte do técnico que chegava ser dramática. Não me surpreendo com mais nada na bola, mas hoje conceder uma nova chance para Felipe Moreira seria confusão na certa.

Neste contexto, deve-se lamentar até hoje a saída de Leandro Zago, atualmente no Sub-17. Culto, preparado, dotado de ótima cultura tática, se estivesse até hoje no Majestoso seria a saída natural agora para iniciar a próxima temporada. Conheceria o clube, os garotos e faria a pré temporada dentro daquilo que se espera. Não invento a roda. Em 2007, Sérgio Guedes era o treinador do Sub-20 e após o fracasso pontepretano na Série B foi promovido ao time profissional. Resultado: final do Campeonato Paulista de 2008 e vice-campeonato.

Como não fez a lição de casa, a Macaca terá que novamente entrar na roleta do mercado da bola. Que aprenda a lição. Para o seu próprio bem.

(análise feita por Elias Aredes Junior)