A entrevista do presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, Tiãozinho, na página deste Só Derbi no Facebook trouxe uma série de mensagens. Uma das principais é a de que não existe a plena convicção de que a construção da Arena Ponte Preta é um empreendimento que seja tocado de modo urgente.
O primeiro sinal é quando o mandatário pontepretano afirma que é preciso realizar uma reunião do Conselho Deliberativo não só para analisar a ideia como também para aprova-la. Ou seja, o grupo político que detém o poder na Alvinegra não considera como válida a aprovação da obra feita pelo Conselho em meados da década passada.
E a cautela tem uma razão: o projeto terá que começar do zero. De preferência, com um novo desenho e concepção. A ideia anterior era formulada em cima de um mundo que não existe mais. Ou seja, pessoas das classes A e B que vão gastar dinheiro em um espaço voltado para elas. Será que elas terão disposição e ânimo para investir diante do cenário construído pelo coronavirus? Duvido.
Mais: qual o nível de aglomeração a ser permitido para os próximos anos? O estádio apresentado com pompa e circunstância tinha capacidade para abrigar 19 mil pessoas. Será que não haverá espaçamento?
Vou além: e o anfiteatro previsto? Se o mundo entretenimento tem dúvidas a respeito daquilo que poderá acontecer com o funcionamento de cinemas e teatros, como cravar que este espaço planejado será plenamente utilizado? Pois é.
De certa forma, a diretoria da Ponte Preta quer esperar para verificar como se dará o rumo das coisas e a partir daí definir aquilo que será feito. Quer saber? Nada mais coerente.
(Elias Aredes Junior)
