Análise: Vadão deverá promover mudanças radicais no time titular. Vai dar certo?

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A morosidade tomou conta do Guarani. Mais grave do que o jejum de sete jogos sem vitórias e a proximidade com a zona do rebaixamento, o que traz angústia ao torcedor é a ausência de qualidade no setor ofensivo e as falhas da defesas nos minutos decisivos.

No começo da semana, o repórter Roberto Marcondes, da Rádio Central, informa que um verdadeiro “cavalo de pau” será executado pelo técnico Oswaldo Alvarez.

Se a semana de treinamentos transcorrer da maneira esperada, o time titular que entrará em campo contra o Santa Cruz deverá ser formado por: Vagner: Lenon;Ewerthon Páscoa, William Rocha e Gilton; Evandro, Richarlyson, Luiz Fernando e Bruno Nazário; Bruno Mendes e Renteria (ou Rafael Silva).

Uma alteração total de conceitos e de nomes. Pode dar errado e o Guarani perder do time pernambucano? Pode. Mesmo assim, a frase clichê não pode ser ignorada: antes tarde do que nunca.

Páscoa e William Rocha estavam em processo de recuperação de lesões. É inegável que são os dois melhores zagueiros do atual elenco. São rápidos, técnicos, tem boa colocação e eficiência no jogo aéreo. Podem sofrer na questão do ritmo de jogo.

Fica difícil colocá-los no banco de reservas diante dos últimos vacilos, especialmente de Diego Jussani contra o Brasil de Pelotas. Lenon de volta a lateral é garantia de desafogo. Detalhe: Kevin não pode ser descartado. Em hipótese nenhuma. Pode se desenvolver e gerar bons frutos.

Após observar a defesa, impossível ignorar o fato que chama atenção neste possível meio-campo: a colocação de Fumagalli na reserva. Ìdolo da torcida, padece de mobilidade e fôlego para recompor, fatores fundamentais no futebol atual. Com Nazário de volta ao lado de Luiz Fernando, duas características ficam complementares: um meia armador agudo e destemido para agredir ao lado de alguém mais cadenciado, mas com mais fôlego. Fumagalli? Pode ser acionado nos 20 minutos finais para incrementar o time na bola parada e com mais poder de fogo nas imediações da grande área.

Renteria, por sua vez, merece uma oportunidade. Diante do Brasil de Pelotas, entrou duas vezes em impedimento. Deveria servir como motivo de bronca, mas sua postura e atitude de buscar e “agredir” a bola são fatores ausentes de Eliandro, solidário na marcação, mas ineficiente para balançar a bola nas redes. Se for colocado pelo lado, Renteria terá a companhia de Bruno Mendes, que deve ser uma incógnita completa.

O Guarani precisa reagir. Retomar a rotina de vitórias e pontuação. E ficar omisso não dava mais. Vadão, de modo coerente e correto vai usar o seu capital acumulado em cinco passagens no Brinco de Ouro para um recomeço. Só ele poderia fazer tal aposta. O que ele espera é colher os frutos pela ousadia.

(análise feita por Elias Aredes Junior)