Arbitragem e Guarani na reta final da Série B: não dá para bobear!

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Apesar do benefício concedido ao Guarani, o técnico Lisca reclamou da arbitragem conduzida por Marielson Silva no empate por 2 a 2 com o Ceará. Reclamação tonificada por sua expulsão. Ele ficará contrariado ao perceber que o sergipano Claudio Francisco conduzirá nos trabalhos no confronto entre o Alviverde campineiro e CRB, sábado, no estádio Brinco de Ouro. Para Lisca, arbitros da região nordeste não deveriam trabalhar quando o Guarani encarasse equipes da região. Não deixa de ter razão.

Passa despercebido, no entanto, a busca da solução por intermédio dos gabinetes administrativos do clube. Explica-se: o sorteio na atualidade é dirigido. Não é aleatório.

Nos dois vídeos acompanhados por este jornalista no site da CBF e cujo conteúdo está disponível aqui, a comissão de arbitragem designa dois nomes previamente escolhidos. E com critérios claros: os jogos da divisão de elite são reservados aos juízes top de linha (Anderson Daronco, Luiz Flávio de Oliveira, entre outros) enquanto que o segundo pelotão fica com a responsabilidade de conduzir os trabalhos da Série B.

Como a diretoria bugrina poderia ser ainda mais efetiva? Na designação dos árbitros para sorteio. Pedir a CBF que não aconteça na listagem a designação de árbitros cujo estados ou regiões estejam envolvidas.

No jogo contra o CRB, estavam no pote o paranaense Paulo Roberto e o sergipano Cláudio Francisco, que foi o escolhido. Enquanto isso, no embate com o Londrina, na próxima terça-feira, João Arruda e Leonardo Cavalheiro, participantes do sorteio, são ambos ligados a Federação do Rio de Janeiro. O primeiro foi sorteado.

Não sejamos hipócritas. Se não é possível manipular o sorteio em si (ainda bem!) não é possível que não ocorra pedidos e ingerência na formulação da lista de árbitros.

Lisca não reclama à toa. Até o final, o Guarani enfrentará uma equipe nordestina (CRB), duas da região Sul (Londrina e Internacional) e uma da região centro-oeste (Luverdense). Interesses esportivos e econômicos estão em jogo. Não seria de bom grado bobear. O detalhe define o rumo do futebol. Como até agora não se manifestou até agora, tomara que a diretoria do Guarani acorde para um fato tão óbvio.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Verdade, Elias. A diretoria bugrina precisa se movimentar em relação a isso. Mas Lisca precisa tomar cuidado para não ficar marcado junto á arbitragem. Vai com calma.