Arquibancada: Jogo coletivo e superação: eis as armas da Ponte Preta

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Desde os confrontos frente ao Flamengo pela Copa do Brasil e o dérbi, não fazíamos dois jogos seguidos em grande nível. Conseguimos encaixar partidas convincentes, como no triunfo de ontem diante do líder Fortaleza e, na rodada anterior, na casa do Figueirense, ambos 2 a 0. Sem dúvida foram vitórias coletivas e de superação.

João Brigatti não é unanimidade entre a torcida, porém não tem como negar sua capacidade de dirigir o time pontepretano.

Não era o plano “A” da Ponte Preta nas demissões dos técnicos anteriores, mas seu trabalho é muito mais consistente que os medalhões contratados a peso de ouro.

Brigatti não é perfeito, mas quem é? O fato é que ele tem provado jogo a jogo que não é somente o “Deus” da motivação como apresentado por alguns. Tem mostrado um bom conjunto de ideias, plano de jogo e capacidade tática para comandar o time.

Quando muitos questionam o amor à camisa no futebol, temos a certeza que seu trabalho vai além do seu salário! Ele é um representante da torcida dentro do time e em uma das posições mais importantes.

Nos aspectos positivos desses dois últimos confrontos destaco as atuações de Ruan na lateral esquerda e a reestreia em grande nível de João Vitor – após partidas desastrosas desde a recuperação da grave lesão. Aparentemente os dois tomaram conta de suas posições, foram bem defensivamente e se mostraram boas opções no apoio ao ataque.

Uma menção honrosa ao esforçadíssimo Junior Santos. Sempre criticado, mas incansável, valente e ontem foi decisivo no segundo gol anotado por André Luís.

Nos aspectos negativos, ainda vejo Danilo e Tiago Real pouco abaixo do que podem render, embora o primeiro mostre uma vontade enorme dentro de campo, o segundo usa a experiência e entendimento tático para se manter titular.

Na Série B não tem jogo fácil, mas precisamos buscar a vitória no próximo sábado, frente o São Bento, para se tornar real a briga pelo acesso e concretizar o grande momento do time.

Que a entrega, a luta e a superação dos jogadores não esmoreça dentro de campo porque no que depender da torcida, a maior do interior garante a festa!

(análise: André Gonçalves/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)