Em breve serei pai de um menino. Entre tantas as preocupações que tenho, uma delas é: Meu filho jamais poderá torcer por um time estrangeiro.
Tremo só de pensar em ouvir, “Pai, hoje o meu Real Madrid vai jogar. Quero ficar em casa para ver”. Algo cada vez mais comum nos dias atuais.
Eu sou corintiano. Minha esposa e mãe do Benício, é bugrina, e por isso estou aqui escrevendo. Há anos, mesmo antes de ser pai, uma ideia agita minha cabeça. Não é algo mirabolante, porém entendo ser possível caso haja boa vontade de ambos os clubes de Campinas.
É o “Projeto Dérbi nas Escolas”, uma iniciativa que envolveria secretarias de Educação, não só da cidade, mas de outras que habitam na região, com um único propósito: Apresentar o clube as crianças e adolescentes.
Minha sugestão é que jogadores e ex-craques de Guarani e Ponte Preta, visitem as escolas, distribuíam ingressos e mimos, contem histórias, falem das conquistas e se aproximem das crianças e adolescentes. Ações de baixo custo, que poderiam inclusive gerar novos parceiros para a Macaca e para o Bugre.
A LBF (Liga de Basquete Feminino) que organiza o campeonato da modalidade no Brasil, iniciou projeto semelhante no fim de fevereiro. A medalhista olímpica Janeth irá visitar escolas sempre dias antes das partidas. Os mascotes dos clubes farão companhia a multicampeã, porém aqui o objetivo e divulgar o esporte em si e não times, ao contrário do “Dérbi nas Escolas”.
Tenho toda certeza do mundo que qualquer criança que conhecer a história dos clubes campineiros, e puder passar minutos ao lado de Careca, Zenon, Dicá, Fumagalli, Ronaldão, Luís Fabiano, Mineiro, Fábio Luciano, Oscar e outros minutos, terão ao menos curiosidade de saber mais.
Um projeto como este ainda pode ganhar outras extensões, como levar escolas aos Centros de Treinamentos e áreas sociais, planos especiais de “Sócio Torcedor” para estudantes, ingressos mais baratos e etc, gerando receitas, novos sócios e ativando as marcas.
E tudo isso poderia ser feito ainda este ano, pois voltaremos a ter Dérbi na cidade. Fico por aqui. Daqui alguns anos voltarei para contar qual é o time de coração do meu filho. Espero não falhar!
(Thiago Scartozzoni Amaro, 30 anos, jornalista com MBA em Marketing e especialização em Redes Sociais, sócio da Amato Comunicação e Eventos, pai do Benício e marido da Camila. Contato: thiago@amatocom.com.br)
Seria lindo