Até quando a gestão slow motion dará as cartas na Ponte Preta?

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A Ponte Preta perdeu do Atlético-GO no sábado. Ficou próxima da zona do rebaixamento. A reapresentação dos jogadores foi na segunda-feira no Centro de Treinamento do Jardim Eulina e ainda não há definição sobre o treinador que irá substituir Gilson Kleina. Todos falam que Vadão é favorito.

Então porque não assume logo o cargo? Postergar decisões, sumir sem encaminhar satisfações ao torcedor pontepretano parece ser um expediente dos integrantes da diretoria executiva.

A indefinição é como uma areia movediça, pois sem força e determinação é impossível fugir do final melancólico. Independente do que ocorrerá na Copa Sul-Americana, a Alvinegra tem um jogo decisivo no domingo contra a Chapecoense na Arena Condá. Não pode perder. Sob hipótese nenhuma.

Se realmente Vadão for designado para o banco de reservas, a diretoria pontepretana já coloca o profissional em enrascada. Por que? Apresentação na quinta-feira com treinamento, uma outra atividade na sexta-feira e viagem para Chapecó no sábado. Ou seja, a Macaca na prática treinará apenas dois dias antes de um confronto com alto grau de dificuldade.

Se escalasse time reserva na Sul-Americana, o novo comandante, se assumisse na segunda-feira teria um excedente de três dias para entrosar-se com o grupo, ministrar os treinamentos e até fazer do jogo com o Sport um campo de observação.

Não há nada que não possa ser piorado. Se por acaso Vadão recusar o convite ou a diretoria impor algum veto, a semana de treinamentos terá sido desperdiçada, um treinador interino será designado e o necessário trabalho de rearrumação da casa não terá sido feito.

Não basta assumir a Ponte Preta. Será imprescindível reorganizar o time, definir um modelo de jogo e treinar uma ou duas jogadas para encarar o caldeirão de Chapecó.

Os dirigentes da Macaca acreditam que o poder divino vai ajudá-los a assegurar a permanência na divisão de elite. Não é todo dia que se ganha na roleta da bola. Trabalhar de maneira eficiente dá frutos mais consistentes.

(análise feita por Elias Aredes Junior)