Brigas políticas fazem a Ponte Preta andar de lado. Carnielli mostra que não está nem aí. Até quando?

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Não exista um dia que não receba um telefonema ou mensagem contra ou a favor de Sérgio Carnielli. Ouço argumentos plausíveis de todos os lados. Aqueles que amam enaltecem a sua disposição em tirar o clube do buraco e lhe colocar nas principais do futebol brasileiro.

Os opositores, por sua vez, tem uma série de criticas, como perseguições, falta de espaço para opinar e  de interferir nos destinos do clube. Alguns não tem pudor em colocar a culpa no presidente de honra pelos malefícios dos últimos anos.

Enquanto isso, as pessoas, seja de um lado ou de outro, não reparam no essencial: o clube anda de lado. Não avança. As brigas políticas paralisam e a Macaca vê sua distância aumentar em relação aos clubes médios do futebol brasileiro.

Carnielli ocupou a presidente de 1996 a 2011, quando foi afastado pela Justiça. Na prática, rompeu com dois responsáveis pelo futebol desse período, Marco Antonio Eberlim e Márcio Della Volpe, que depois virou presidente e levou a equipe da final da Sul-Americana em 2013. Podemos dizer que estes dois fatos detonaram o espiral de ressentimento reinante no Majestoso.

Agora, eu pergunto: neste período, o que foi obtido em projetos antigos para melhoria do clube, como a construção do novo estádio? E a melhoria das instalações do Centro de Treinamento? O que foi feito? Não custa relembrar que recentemente comissões técnicas que passaram pelo Majestoso no ano passado reclamaram que em dia de chuvas não era incomum alagar algumas dependências do CT. E aí?Consertou?

Clubes de futebol precisam andar e evoluir. A bola só entra quando tudo está em harmonia, a estrutura é satisfatória e o trabalho é profissional. Vaidades devem ser esquecidas e o bem comum deve prevalecer. Se a Ponte Preta quiser andar para frente, a atitude precisa e deve partir de Sérgio Carnielli. Desligar-se de vez do clube? Abrir um canal de diálogo? Estender a mão aos opositores? São várias alternativas. Mas Carnielli precisa escolher uma. Não há como passar mais um ano sendo sócio do atraso.

(análise feita por Elias Aredes Junior)