Contratado para ser auxiliar fixo em dezembro de 2016, João Brigatti acostumou-se a apagar incêndios na Ponte Preta em meio às mudanças do comando técnico.
A última vez em que foi acionado para pôr fim à instabilidade proporcionada por Doriva – demitido após revés para o Sampaio Corrêa -, o ex-goleiro agarrou com unhas e dentes a oportunidade e mudou a cara da Macaca.
“A gente tem um estilo de jogo e precisamos de tempo para trabalhar. Tivemos duas semanas livres, recuperamos os jogadores, estudamos os adversários e estamos impondo isso nas partidas. Temos mais tempo de preparação para para enfrentar o Boa Esporte e vamos precisar de todo elenco para a sequência de temporada. A minha mudança foi mostrar aos jogadores que tem condições de jogar a Série B. Para isso, é necessário força, ralar a bunda no chão, literalmente, e transpirar sangue”, explicou.
Interinamente no cargo desde junho, o comandante tirou o time da 15ª posição – na época, somava sete pontos, um a mais em relação ao primeiro integrante da zona de rebaixamento – e levou, momentaneamente, ao sexto posto com 24.
De lá para cá, foram oito partidas: cinco vitórias (Goiás, Brasil de Pelotas, Figueirense, Fortaleza e São Bento), dois empates (Oeste e CSA) e uma única derrota (CRB). Os números indicam aproveitamento de 75% dos tentos disputados, desempenho que levaria a Alvinegra ao topo da Série B do Campeonato Brasileiro – o líder Fortaleza, dirigido por Rogério Ceni, tem 64,4%.
Apesar do prestígio com a diretoria, Brigatti ainda não teve efetivação confirmada pela diretoria. Nos bastidores do Moisés Lucarelli, não há pressa para definir tal situação. Afinal, se o presidente José Armando Abdalla Júnior garanti-lo como treinador de forma oficial, qualquer instabilidade na temporada pode pôr em xeque sua sequência no clube.
Nos últimos 18 meses, já dirigiu o time em 15 partidas. No currículo, são oito triunfos, cinco empates, duas derrotas.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)
