Brigatti revela recusa por efetivação na Ponte e agradece assédio do Paysandu

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No cargo técnico da Ponte Preta desde o final de maio, parece quase consenso entre os torcedores que João Brigatti merece ser efetivado. Afinal, o ídolo alvinegro tirou o time da boca do rebaixamento e o levou à briga pelo acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Uma declaração em entrevista coletiva, no entanto, revelou algo curioso: o convite foi feito pela diretoria, mas o comandante recusou a efetivação.

“Quem não quis assumir o nome de treinador da Ponte Preta foi eu. O presidente e a diretoria, desde o primeiro momento, sempre passaram confiança como comandante da parte técnica. Agora, acho que ser interino ou ser técnico pouco importa. O fundamental é o astral do grupo e não podemos desfocar isso. Eu sou o responsável pelo elenco e gosto de enaltecer os jogadores. Vamos passar por dificuldades e conseguir reverter essa situação para chegar ao acesso”, declarou Brigatti.

Questionado sobre a proposta que recebeu do Paysandu, o comandante explicou a recusa e agradeceu o interesse do clube paraense. “Eu fui extremamente feliz no Paysandu. Fiquei um ano e meio, tivemos um acesso para a Série B e fomos campeões regionais. Recebi a proposta, mas não posso pensar nisso nesse momento. Estou focado na Ponte Preta, estamos em situação difícil, precisando de pontuação e não abandonaria o barco agora. Sou profissional da bola, hoje sou técnico de futebol, vou viver assim e, enquanto estou focado no clube, não vou desistir disso”, frisou.

João Brigatti tem 35 jogos como treinador da Alvinegra. A primeira passagem na função foi após a saída de Felipe Moreira, em março de 2017, quando ficou por quatro jogos e conseguiu um triunfo, duas igualdades e uma derrota – 41.6% de aproveitamento.

Depois, também em 2017, foi apenas um tapa-buraco entre a queda de Gilson Kleina e a chegada de Eduardo Batista. Para se ter uma ideia, o profissional comandou o time em apenas um jogo – triunfo sobre o Sport, na Copa Sul-Americana, mas amargou a eliminação no torneio continental.

A queda de Baptista, em março, representou nova oportunidade, cujo aproveitamento foi de 57.1%. Ao todo, foram três vitórias, três empates e uma derrota, entregando o time para Doriva com o título do Troféu do Interior e vaga carimbada à quarta fase da Copa do Brasil.

Já na atual oportunidade à frente do time da Ponte Preta, o treinador soma 54,1% de aproveitamento. Até aqui foram sete vitórias, cinco empates e quatro derrotas desde que assumiu a equipe no empate em 1 a 1 com o Oeste, pela 8ª rodada, no estádio Moisés Lucarelli, em 02 de junho.

(texto e reportagem: Eduardo Martins e Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)