Caso Wanderson ainda produz dor de cabeça para Ponte Preta

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Representantes do departamento jurídico da Ponte Preta entrarão “em campo” na próxima terça-feira, na primeira Vara Cível de Criciúma para participarem de audiência que trata da negociação e transferência do centroavante Wanderson, que atuou por apenas oito jogos na Macaca em 2015. A audiência foi marcada pelo juiz Sérgio Renato Domingos.

A ação foi impetrada por Acionir Barreto. Ele alega que agenciou a carreira do atleta a partir dos seus 18 anos de idade e investiu na melhoria da sua saúde, com pagamento de cirurgia no ligamento cruzamento anterior do joelho e posterior auxilio na carreira, quando foi levado para a cidade de Criciúma e na sequência ter viabilizado um teste no Rio Branco (PR), quando foi aprovado.

Na sequência, de acordo com o teor da ação na qual o Só Dérbi teve acesso, o jogador atuou pelo ASA (AL) e com sucesso na Série C de 2014, quando foi vice-artilheiro da competição com 10 gols e ainda vice-campeão da Copa do Brasil. Ainda em 2013, a ação relata que o jogador entregou a gestão da carreira para Barreto e lhe cedeu uma parte dos direitos econômicos.

A confusão começa no final de 2015, quando o documento descreve que a sua transferência para a Ponte Preta aconteceu sem seu consentimento e por intermédio da Elenk Sports, de propriedade de Fernando Garcia.

Em fevereiro de 2015, o juiz de direito de Criciúma, Rafael Milanesi Spillere concedeu uma tutela antecipada e bloqueou na ocasião transferências e qualquer outra negociação do jogador, posteriormente liberado após anulação da decisão judicial no dia 28 de fevereiro de 2015. Hoje, o atleta está no Botafogo da Paraíba.

A diretoria da Macaca afirma encontrar-se tranquila quanto ao caso. “Estamos citados desde 2015 e o Dr João Felipe (Artioli), que é o advogado que nos representa nas causas cíveis, estará presente. É um processo tranquilo para a Ponte Preta, pois o cerne da questão reside no litígio entre o jogador e seu empresário”, afirmou o diretor jurídico da Ponte Preta, Giuliano Guerreiro.

Procurado pela reportagem do Só Dérbi, o ex-presidente e hoje oposicionista Márcio Della Volpe afirmou que o jogador foi uma indicação da antiga comissão técnica então comandada por Guto Ferreira, mas na ocasião não fechou o negócio por causa de alguns entraves burocráticos. “Não sabia da existência do outro empresário e acho que o contrato era de janeiro de 2015. Se por uma acaso eu assinei o contrato foi juntamente com o Vanderlei (Pereira)”, disse Márcio.

Denúncia em site

Notícia Veicula no “Blog do Paulinho” afirma que por decisão da 16ª Promotoria de Investigação criminal do MP-RJ, o empresário Fernando Garcia, irmão do dono da Kalunga, Paulo Garcia, foi indiciado criminalmente por “associação criminosa”, antes denominada “formação de quadrilha”. Os outros indiciados seriam Reinaldo Buzzoni (Diretor de Registros da CBF), Elenko Sports (empresa de Fernando Garcia), Ponte Preta, CBF, Penapolense, ASA de Arapiraca e o jogador Wanderson de Macedo Costa. “Desconhecemos (o assunto). Não fomos intimados formalmente sobre nada a esse respeito”, disse Giuliano Guerreiro. A reportagem entrou no site do Ministério Público do Rio de Janeiro, mas não teve acesso ao inquérito na íntegra.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)

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