Como será o estilo de Marcelo Cabo no Guarani? Dê um clique que vamos contar para você

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Após o susto e o impacto da saída de Oswaldo Alvarez, é hora do torcedor bugrino pensar no futuro. Imaginar que tipo de equipe poderá sair das mãos do técnico Marcelo Cabo, campeão pela Série B com o Atlético-GO, mas com passagem fracassada por Figueirense.

Este jornalista do Portal Só Dérbi acompanhou toda a trajetória do Dragão no ano passado e passou os últimos dias revendo gols e melhores momentos dos jogos do time goiano em 2016. O diagnóstico é único: em médio e longo prazo, Cabo poderá implantar um estilo ofensivo no Guarani, voltado ao gol e com variações táticas.

No Atlético-GO, percebia-se um cuidado do treinador com as jogadas pelos lados, especialmente com o lateral-direito Matheus Ribeiro. Ou seja, é de se presumir que Lennon poderá ficar ainda mais ofensivo enquanto que o lado esquerdo mais resguardado na marcação.

Em 2016, Marcelo Cabo foi campeão pelo Atlético-GO com 60 gols marcados
Em 2016, Marcelo Cabo foi campeão pelo Atlético-GO com 60 gols marcados

Em contrapartida, o principal beneficiado era o centroavante Júnior Viçosa, colocado na área para as conclusões, mas que era assistido por armadores e atacantes como Gilsinho, Magno Cruz e o Jorginho. Uma boa notícia para Eliandro e Bruno Mendes, típicos jogadores para cumprirem a função de referência e com aptidão para balançar as redes. Com Marcelo Cabo, ao invés dos chutões e contra-ataques, a tendência é de aproximação de Bruno Nazário e Rafael Silva para auxiliar o atacante titular.

Marcelo Cabo só deverá encarar dificuldades com os volantes. Explica-se: na campanha vitoriosa do Atlético-GO, tanto Michel como Pedro Bambu tinham movimentação e liberdade para ocuparem os espaços do lado do campo ou surgirem como elementos surpresa para desferirem chutes de média ou longa distância. Cuidavam do bloqueio e exibiam criatividade. Com tal expediente, Pedro Bambu anotou três gols e Michel, hoje no Grêmio, balançou as redes por quatro vezes.

Nos jogos em casa, Marcelo Cabo apreciava atuar com marcação adiantada, não só para sufocar o adversário, como para forçar o erro e ficar mais próximo do jogo. Com a vantagem em mãos, o contra-ataque era executado em três ou quatro toques e não contava com mais de três jogadores.

Lógico que não há como saber se Marcelo Cabo dará certo ou não no Brinco de Ouro. O correto é avaliar que, se tudo der certo, o Guarani contratou um treinador com DNA ofensivo. Espera-se que o elenco corresponda às suas expectativas e recupere o ânimo das arquibancadas.

(análise de Elias Aredes Junior)

8 Comentários

  1. Na boa, eu acho que a diretoria acertou na demissão do Vadão e o Cabo tem tudo para nos conduzir no segundo turno, rumo ao acesso. É a minha opinião. A diretoria pode ter errado no modo, mas não errou no ato.

  2. Acho a maior bobagem esse choramingo sobre a estabilidade do treinador de futebol, sobre trabalho de longo prazo, etc. Se futebol tem que se profissionalizar, se tem que ser como empresa, precisa visar resultados não só a longo prazo, mas também no imediato. Toda a empresa é assim. Se eu não der resultados rápidos, não passo do período de experiência. Agora treinadores ficam com mimimi. Larga mão. Treinador bom mesmo consegue fazer o time jogar rápido.

  3. Aliás, faltou dizer uma coisa. Elias, parabéns pela matéria, parabéns pela análise dos melhores momentos do Atlético-GO. Excelente. É o tipo de coisa que a maioria da imprensa campineira não faz, mas o torcedor fica querendo saber. Você me surpreendeu. Muito bom mesmo!

  4. Interessante análise e bom trabalho, Elias, enquanto outros da imprensa ficaram preocupados em comentar tudo sobre o novo técnico, até mesmo o famigerado evento do seu sumiço, acho (quase certeza) que vc foi o único da imprensa a analisar como poderá ser o futebol do Guarani com Marcelo Cabo.

  5. Criou-se uma idolatria em cima do Vadão. Mas, Vagner, ele não é nada demais. Está ultrapassado e comete muitos erros.

  6. Profeta e Vagner, respondam olhando para a lente da verdade e me digam: vocês tinham esta mesma opinião antes da queda de produção do time?

  7. Mais ou menos… Na verdade eu sempre fiquei com um pé atrás com relação ao Vadão (nunca fui favorável a estas tais “mini-metas”, aqui mesmo no SoDerbi comentei que prefiro o “jogo a jogo”) pelos seus times sempre apresentarem quedas de produção. Nesta atual temporada, também aqui já advertia que o Guarani não conseguia “matar” um jogo, corria riscos desnecessários. Mas, respondendo sua pergunta, se não tivesse havido queda de produção, pq eu teria que questionar o trabalho dele e pedir por mudanças no comando?