Constatações de que o planejamento do Guarani começa a ficar atrasado

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O Guarani termina a semana com o impasse gerado entre o presidente Horley Senna e o empresário Roberto Graziano. O fim dos aportes da Magnum no departamento de futebol traz momentos de incertezas sobre o futuro no estádio Brinco de Ouro.

Fato positivo é a possibilidade de contar com cotas de televisão para atuar na Série A-2 como também na Série B do Brasileiro. Imagine que os jogadores estão de férias, os contratos estão rescindidos e no início de dezembro poderia encontrar-se em treinamento. O técnico Marcelo Chamusca? Pegou um avião e entrou em férias. Deixou tudo em aberto, assim como Rodrigo Pastana e Marcus Vinícius. O ideal não deveria deixar tudo acertado? Pois é.

Nada disso. A tendência é que o elenco comece a trabalhar a partir de janeiro devido a decisão administrativa de economizar recursos no final do ano e pagar o primeiro salário a partir de fevereiro.

Pegue os concorrentes e veja que São Caetano ou XV de Piracicaba estão em preparativos calibrados pela participação na Copa do Brasil. Certamente estarão com time ajeitado para uma segundona paulista cujo funil irá contemplar apenas dois felizardos.

Perceba que ao verificar o quadro na Série B, diversos times estão com suas estruturas ajeitadas – como já abordamos aqui- e podem pagar salários competitivos para jogadores de ponta. Ou sinceramente você acha que hoje o Guarani pode pagar um salário de R$ 100 mil ou R$ 80 mil mensais? Não, não pode.

Enquanto tudo isso acontece a briga continua solta entre Horley Senna e Roberto Graziano. Ele não vai investir mais? Dizer que os recursos atuais são suficientes é uma cortina de fumaça para esconder as necessidades do Alviverde de montar um time competitivo e encontrar recursos para aprimorar a estrutura.

Ou seja, por qualquer ângulo de análise não vamos fugir da constatação: o planejamento no Guarani já começa a ficar atrasado. Muito.

(análise feita por Elias Aredes Junior)