Culpar jogadores e o técnico do Guarani é fácil. E os dirigentes? Serão absolvidos?

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Atitude mais natural do mundo é crucificar o técnico Umberto Louzer e os jogadores após a derrota para o Paysandu. Atuação pífia. Não dá para discordar do próprio treinador que considerou esta a pior atuação do Guarani em 2018. O torcedor tem total razão em criticar.

Só que uma derrota não é destrinchada apenas e tão somente por aquilo que acontece no campo. Fatos e atitudes de bastidores são atrelados a falta de a bola balançar as redes.

Reclamaram de que os atletas não mostraram dedicação. Mas a diretoria deu o exemplo? Demonstrou com atitudes nos últimos dias de que desejava o acesso e principalmente que exigia superação no gramado? A resposta é só uma: não.

Sem fazer uma minutagem apurada, pegue as entrevistas do presidente Palmeron Mendes Filho e verá que tudo girou em torno das propostas de cogestão. A bola ficou em segundo plano. Nada de incentivo, bronca ou algo que mudasse a postura dos atletas dentro de campo.

Derrota para São Bento, Boa Esporte, Avaí, empate pífio diante do Figueirense e derrota para o Paysandu. Quantas vezes Palmeron esteve no vestiário para realizar uma palestra de apoio ou até de enquadramento nos atletas? Faça uma revisão histórica do Guarani e irá verificar que até Leonel Martins de Oliveira, um dirigente tímido e recluso, fazia questão de aparecer em situações embaraçosas. Vou além: palco de debates e troca de ideias, o Conselho Deliberativo fez a sua parte? Apesar das pautas das reuniões preverem o futebol como tema em algumas ocasiões, nada foi aprofundado.

Ou seja, as fases de sucesso do Guarani na Série A-2 foram de autoria  apenas de Umberto Louzer, jogadores e pessoas ligadas ao departamento de futebol. Só. Como agora também estão em dificuldades,  os profissionais do futebol ficaram órfãos na hora da dificuldade.

Cobrar Louzer e jogadores é algo necessário. Mas a omissão dos dirigentes bugrinos não pode ser esquecida. Tanto na vitória quanto no revés.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

3 Comentários

  1. Parabéns Humberto e Jogadores fizeram um bom ano. O Bugre precisa de mais estrutura pra subir. Se não vira um sobe e cai como os amadores da linha do trem.
    Agora a diretoria é nota ZERO. Trabalha pra si. E ñ pelo Bugre.

  2. Esse medíocre do PALMITÃO não vê a hora de bater o martelo pra pegar a comissão do relojoeiro, infelizmente.
    Enquanto nós priorizamos ir ao estádio sábado a noite ver um bando de medíocres, eles devem estar rindo da nossa cara…foraaaa Palmeron, o GFC não precisa de você!!!

  3. Elias, todos na diretoria sabiam que sem a mesada do “comendador” o pouco de dinheiro que o Guarani tinha só dava até setembro. Quando a grana acabasse o time tinha que ter superado a degola da série c e foi o que aconteceu. Pra você rir, tem de fazer os outros rir, sem grana, sem futebol. Do que adiantaria o presidente ir ao vestiário e fazer um belo discurso, aí os jogadores iriam retrucar: ok presidente suas palavras são bonitas, mas elas não pagam meu boleto no banco. Agora tem de pensar em 2019, 2018 já tá sepultado.