Della Volpe espera definição de processo, mas articula volta a Ponte Preta

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Faltam poucos meses para a próxima eleição da Ponte Preta, mas a política do clube já está em ebulição. Vanderlei Pereira, atual presidente e braço direito de Sérgio Carnielli, vê alguns de seus aliados se afastarem dele, formarem grupos e até se aproximarem de antigos oposicionistas. A falta de resultados do clube, a venda de jogadores e a pressão de conselheiros e torcedores abalam o grupo de oposição. Além disso, ressurge o nome de uma das maiores lideranças do clube nos bastidores: Márcio Della Volpe.

Expulso do quatro oficial ano passado após suspeitas de irregularidades na gestão, o ex-presidente acredita que a falta de provas será suficiente para que a Justiça encerre sua inelegibilidade de maneira definitiva antes do pleito alvinegro. “O que fizeram comigo foi uma questão política. Foi uma decisão arbitraria e inadequada”, afirmou Della Volpe em agosto do ano passado. Pessoas ligadas ao ex-cartola reforçam o desejo mesmo após um ano.

O ex-presidente não escondeu que pretende concorrer no próximo pleito, mas tem utilizado a rejeição da atual cúpula para se articular politicamente. Della Volpe, inclusive, tem conversado com opositores, caso de Miguel Di Ciurcio, que cogitou lançar candidatura na última eleição, que terminou com a proclamação de Vanderlei Pereira.

Di Ciurcio integrou a diretoria de Della Volpe e dirigiu o Conselho Deliberativo em gestões recentes da Macaca. Eles podem se unir em uma chapa em 2017 juntamente com outros ex-membros.

Márcio Della Volpe foi eleito presidente da Ponte Preta em 2011 e ficou à frente do clube de 2012 a 2014. Ele assumiu após a Justiça impedir o então presidente Sérgio Carnielli, que havia sido reeleito, de iniciar o mandato. Antes, Della Volpe havia sido diretor de marketing da equipe, de 2009 a 2011, também nomeado por Carnielli.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)