Democracia e pressão da opinião pública forçaram uma (pequena!) mudança de postura da FPF. Ainda bem!

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Democracia não é apenas votar de dois em dois anos. Não inclui somente a alternância de poder. Liberdade de expressão e capacidade de pressionar grupos organizados está presente no cardápio. É por intermédio de tais conceitos que mudanças de comportamento são registrados. É o rearranjo para buscar o consenso. Ou produzir a conscientização em temas relevantes.

A Federação Paulista de futebol foi atingida pelo fenômeno. Devemos agradecer a democracia. Reveja: quando Dória anunciou a decisão de suspender o futebol em São Paulo, tanto presidentes de clubes como a cúpula da federação reagiram de modo imperial. Ou seja, um comportamento na linha “temos um protocolo, ele é um sucesso, não depende de ajustes e não devemos satisfação a ninguém”. Ninguém falou tal frase literalmente. Os gestos falaram por si.

Eis que movimentos diferentes foram realizados.

Gesto inicial para ser registrado é do presidente da Federação Paulista de Futebol, Reynaldo Carneiro Bastos, e do vice-presidente Mauro Silva de conversarem no Palácio dos Bandeirantes com representantes do governo estadual.

Não se descarta qualquer hipótese, inclusive de fazer um “enxugamento” no protocolo no dia de jogos, com a proibição de presença de alguns personagens, como até dirigentes. Sinal claro que existe disposição para conversar e negociar. Atributo indispensável se levarmos em conta o quadro registrado em hospitais e UTI´s. Repito: deveria parar. Apesar das dificuldades econômicas à vista. Agora, se querem continuar, que apresentem alternativas.

Agora, se a reversão for obtida, que a Federação Paulista apresente sua cota de sacríficio. Alienação é que não dá para aceitar.

(Elias Aredes Junior)