Dérbi campineiro e o desperdício de um amplo potencial econômico

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O SporTV requisitou modificação da tabela da CBF para transmitir o clássico entre Ponte Preta e Guarani. Seis mil ingressos já foram vendidos para o jogo no Majestoso no próximo dia 25. Em 05 de maio, o borderô do Brinco de Ouro registrou 18.078 pagantes. O encontro dos dois clubes campineiros é um jogo que mobiliza paixões, atenção e deveria gerar dividendos.

Ou alguém acha que o Esporte Interativo assinou com as duas agremiações por caridade? Foi uma aposta em querer ver o principal jogo do interior paulista na divisão principal do brasileiro. Duas camisas sediadas em uma cidade de 1,2 milhão de habitantes? Fica a pergunta: o que fizemos com esta potencial máquina de ganhar dinheiro?

Existem clássicos de alcance regional, mas que geram dividendos aos dois lados, como Grêmio e Internacional e Atlético Mineiro e Cruzeiro. Outros, como Atlético-PR e Coritiba, ainda insinuam tentativas de aproveitar-se do potencial econômico, como na transmissão por Facebook feita no ano passado.

Em Campinas, a partir de quarta-feira, certamente passaremos quatro dias modorrentos. Debates intermináveis no rádio e televisão e neste portal. Provocações aqui e ali e um comportamento na rua em que as duas torcidas e parte da imprensa vão se comportar como se Campinas fosse uma cidade da década de 1950 ou 1960, com 400 ou 500 mil habitantes. Ou seja, algo provinciano, fechado em si mesmo.

Não há conversas entre os dois dirigentes para alguma promoção que mexa com a cidade e que traga divisas as duas instituições ou entidades de caridade. Nada, nada, nada.

Querem algo prático: por que a Ponte Preta não intensifica promoção com algum aplicativo de transporte?

O torcedor é levado ao estádio, o clube levaria algum percentual da viagem e certamente o trânsito agradeceria. Mais: por que as duas lojas oficiais, em conversa com a Topper, não lançaram uma camisa comemorativa especificamente para este dérbi? Ou seja, o torcedor compraria o uniforme utilizado no dérbi 192. Algo específico, especial. E dinheiro entraria no cofre do clube.

Após o apito final, seja qual for o resultado, alguém estará feliz ou vai se lamentar e, no fundo, perderemos mais uma oportunidade de capitalizar financeiramente em cima de um clássico centenário.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. marketing nunca foi o forte das duas diretorias principalmente com vaudade e medo das torcidas chiarem por causa da “parceria” com o rival …
    e assim o futebol campineiro morre ano a ano