Do título na Série A2 à derrota no dérbi: clima no Guarani se transforma em 30 dias

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Um mês, quatro semanas ou trinta dias. Este tempo foi suficiente para transformar a atmosfera nos bastidores do Guarani. O clima de confiança, alegria e tranquilidade deu lugar à insegurança, abatimento e pressão entre o título da Série A2 do Campeonato Paulista e a derrota para a Ponte Preta no Brinco de Ouro.

Neste período, o Alviverde disputou quatro partidas e somou três derrotas – Fortaleza, Atlético-GO e Ponte Preta – e somente uma vitória, diante do Sampaio Corrêa, em Campinas. Se a produtividade ofensiva continua agradando, os problemas na defesa se agravaram e, até agora, já são oito gols sofridos – média de dois por confronto.

Só Dérbi recorda cinco acontecimentos importantes da conquista regional até a decepção pelo tropeço no principal rival.

1. SAÍDA DE FERNANDO LOMBARDI

A primeira linha de quatro é, sem dúvidas, a grande preocupação da comissão técnica bugrina. A falta de entrosamento entre Anderson, Éverton Alemão e Edson Silva e a ausência de grandes opções fazem com que o time deixe escapar pontos preciosos no início da Série B do Campeonato Brasileiro.

A má fase também pode ser explicada pela saída de Fernando Lombardi. Titular em boa parte do Estadual, o defensor não chegou a um acordo de renovação contratual com a diretoria e se despediu com um gol em 13 jogos.

2. CHEGADA DE REFORÇOS IMPORTANTES

Era unanimidade entre os dirigentes alviverdes que o elenco campeão da Série A2 deveria ser reestruturado. Afinal, em um torneio longo, de 38 rodadas, e com elevado nível técnico, seria obrigatório trazer peças de peso a Umberto Louzer. Os principais reforços foram o meia Rafael Longuine e o atacante Anselmo Ramon, além da manutenção de boa parte dos jogadores do primeiro semestre.

3. APOSENTADORIA DE FUMAGALLI

O maior ídolo recente do Guarani pendurou as chuteiras com chave de ouro. Símbolo de experiência, o ex-camisa 10 assumiu o posto de coordenador técnico do futebol profissional. Sem meiões e chuteiras e com traje mais social, Fumagalli agora tem a responsabilidade de intermediar as conversas entre diretores e jogadores.

4. BRUNO NAZÁRIO EM BAIXA

O camisa 11 foi um dos principais responsáveis pela grande campanha no torneio regional. No entanto, no último mês, esteve bem apagado. Participou de três das quatro partidas do time, marcou um gol, mas pouco contribuiu. No dérbi contra a Macaca, foi hostilizado por parte da torcida alviverde pelo mau futebol apresentado e alfinetado pelos jogadores rivais pelas provocações realizadas com antecedência.

Com contrato de empréstimo até 30 de junho, tem futuro incerto no clube a partir do segundo semestre – seus direitos econômicos são vinculados ao Hoffenheim (ALE). Em 2018, são sete bolas na rede em 19 participacões.

5. O PESADELO DA LATERAL-ESQUERDA

Não é de hoje que a lateral-esquerda tira o sono do torcedor do Guarani. Afinal, nos últimos anos, nenhum jogador conseguiu ter desempenho satisfatório na posição. Marcílio é, no momento, o desafogo mais seguro do ataque adversário e quem mais preocupa a comissão técnica. No clássico, foi presa fácil para o atacante André Luís, autor de dois gols e que ganhou todas jogadas em cima do camisa 6.

Salomão esteve em campo entre os iniciais em três partidas do ano, mas decepcionou, assim como na última Série B. Rafael Franco, ex-Juventus, foi contratado e sequer estreou. Isso dá a impressão de que, se nenhuma mudança foi feita na posição, os substitutos são piores do que o titular.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Letícia Martins – Guarani Press)

7 Comentários

  1. O Técnico Louzer fala em estancar o sangramento.

    Contudo, esquece de mencionar que ele é o responsável pelo sangramento.

    Arma taticamente muito mal sua equipe,

    Quando mexe no time, é pior ainda.

    Diretoria não analisou os jogadores que se destacaram no mercado porque está enfiando no elenco só jogadores de alguns empresários.

    Série C é logo ali.

    Dizem que o meia Bruno Nazário e o Centroavante Bruno Mendes já estão negociados com outras equipes.

    Por isso, atenção quando da terceirização. Muita atenção.

    Parece que a prioridade não é o clube.

  2. Calma gente , a derrota no Derbi não pode significar terra arrasada .

    Treinador é incompetente , jogador nenhum presta , Diretoria não sabe o que faz , e por ai vão as críticas .

    Há exatos trinta dias era só comentários ao contrário .

    Nem tudo lá mas também nem tudo cá .

    Vamos refletir , ver o que está errado , para corrigir e voltar aos eixos . Está forma da vitória das Peruas foi atemporal , para eles é mais dificil os acertos , do que para o Guarani , que já tem uma base , um treinador que conhece o elenco e está participando (mesmo com os empresários e qual clube não o faz isto hoje ?).

    Paciência e menos cornetagem …..

  3. Zanellijr, foi isso que tentei falar. É doído perder dérbi e ainda mais do jeito que foi (com nosso time completamente apático). O time vai evoluir. Eu já havia dito aqui que não acredito no acesso, mas que também não vamos passar sufoco. Temos ainda algumas estreias e quem entrou no decorrer do jogo foi bem. No final das contas tudo se acertará. Claro que não pode demorar a tal reação (afinal a partida ruim não foi só a de sábado) mas não podemos jogar no lixo o bom trabalho e base montada. Só precisamos daqueles acertos falados desde a A2.

  4. Outra surra amanhã !

    Ele vai escalar o mesmo time !

    Argel, treinador do Criciúma, vou dar as dicas !

    O time do Guarani F C gosta de atacar e não recompõe.

    Se o seu time jogar com velocidade na transição, defesa/ataque, vocês levaram três pontos facilmente para casa.

    O lado forte do Guarani é a lateral direita com o Lenon. Coloca um velocista na suas costas. O jogador Bruno Nazário não volta para marcar e quando ataca, corta para o meio para bater com o pé esquerdo.

    No lado esquerdo, nem um dos jogadores que atuam por lá marcam.

    O zagueiro que joga do lado esquerdo é lento. E o lateral esquerdo marca muito mal. Coloca um atacante para fazer infiltrações entre ambos.

    O volante é lento. Coloque um atacante veloz recebendo a bola nas suas costas e partindo de mano com a defesa pelo lado esquerdo.

    ARGEL é só correr para o abraço.

  5. O problema não é só pq perdeu o dérbi que mudou as coisas. Depois da A2, onde tudo fluía bem, acomodaram, e na série B o nível é diferente, pelo menos de quem vai disputar o acesso. Alguém viu o Nazário jogar bem nos outros 3 jogos antes do dérbi? Pra mim ou já está vendido e tá tirando o pé, ou tá se achando Neymar mesmo. Não sei se vale segurá-lo. Mendes tava nítido fora de forma. Pior que tem caras de bom nível que foram contratados, como Ramon e Guilherme (jogaram bem contra o Atlético-go, mas colocaram eles no finalzinho, e no derbi idem). E parece que vão ser reservas contra o Criciúma (Louser vai cair no mesmo erro?)

  6. O que mais tem agora é técnico aqui. Pelo jeito de digitar, separar os parágrafos e falar bobagem esse Alegria me lembra um certo Fernando.