É preciso revitalizar o Conselho Deliberativo da Ponte Preta

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No dia 24 de setembro, o Conselho Deliberativo da Ponte Preta fará uma reunião ordinária e com previsão de assuntos gerais na pauta.

Em uma manifestação aqui e ali nas redes sociais, torcedores estão mobilizados para realizarem um protesto pacífico em frente do Majestoso. Querem demonstrar descontentamento com os atuais rumos do clube administrado pelo grupo político há 22 anos.

Com todo o respeito que merecem esses abnegados, tais procedimentos não seriam necessários se tempos normais estivessem em vigor.

Fato é que o Conselho perdeu peso e relevância nos últimos anos. Não por culpa de seus integrantes, mas pela própria condução do debate da opinião pública. Nisso a imprensa esportiva de Campinas tem parcela de culpa.

Trilhamos um caminho de forjar uma figura messiânica em torno do presidente de honra Sérgio Carnielli e de seus colaboradores mais próximos, como Vanderlei Pereira. Executivos que vieram da vida privada para salvar a Ponte Preta. Injetaram recursos para sustentar a macaca e fazê-la disputar títulos.

Ninguém renega esse papel. Especialmente nos anos iniciais. Mas como fica a própria história da Ponte Preta? Como ignorar que a Macaca não é produto de uma vontade personalista e sim de uma coletividade?

Se nas décadas de 1970 e 1980 até venda de jogadores eram discutidas nas reuniões do Conselho Deliberativo e até recebiam destaque da imprensa, hoje os Conselheiros, apesar de seus esforços, foram ofuscados diante dessa messianização produzida a toque de caixa.

É urgente resgatar a importância do Conselho Deliberativo. É vital que conselheiros tenham sua voz ampliada, sejam eles defensores da atual administração, sejam oposicionistas.

Não invento a roda. Em Porto Alegre, os programas esportivos das quatro rádios – Guaíba, Grenal, Bandeirantes e Gaúcha – invariavelmente recebem conselheiros para discutirem os problemas e os desafios de Grêmio e Internacional.

Por que a Ponte Preta não pode seguir idêntico caminho? Por que nós jornalistas só devemos esperar opinião e análise do diretor de futebol, presidente ou do técnico? Conselheiros representam a coletividade e passou da hora deles terem voz e peso. Para o bem da própria da Macaca.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Lamentável, mas o Conselho Deliberativo (CD) foi desvirtuado de suas funções e prerrogativas, através
    dos 22 anos de Poder do grupo dominante, nas gestões
    que foram se sucedendo na Ponte Preta.
    A ânsia e a vaidade, falaram mais alto que os verdadeiros interesses do Clube. Com o argumento de adequar o Estatuto do Clube, foram solapando a inde-pendencia desse órgão colegiado, que sempre foi o http://soderbi.com.br/vilao-redentor-heroi-centralizador-os-papeis-de-sergio-carnielli-em-22-anos-na-ponte-preta/ máximo do Clube e dele emanava a filosofia, seriedade representativa, fiscalização, discussão entre de alta representatividade no Clube e na Sociedade campineira, aprovação ou não de balanços
    e questionamentos no mais alto nível. O CD representava toda a coletividade da Ponte Preta! Não só por força estatutária, mas também pela sua serie-
    desde, éra visto pela coletividade como Órgão acima de qualquer suspeita quanto as suas decisões!
    O que vemos hoje, em que pese a alta honorabiladr de alguns? Precisamos responder? Prefiro não responder nesta coluna para não expor publicamente a situação nos últimos anos de submissão e descaracterização de suas reais funções, dentro da legalidade ética, moral e de responsabilidade ante sua leal e
    comprometida convergência dos ideais que sempre nortearam nossa amada Ponte Preta.
    A responsabilidade da atual Comissão de reestruturação do Estatuto do Clube é a devolver ao CD a nobreza de ser o Órgão democrático e decisório, para o crescimento e ressurgimento da Ponte Preta
    Exclusivamente de pontepretanos.