Eduardo Baptista quer tirar a Ponte Preta da mesmice. Uma boa notícia

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O Genus não é um oponente qualificado. Não está no mesmo nível daqueles que estarão presentes no Campeonato Brasileiro. Mas a vitória pontepretana por 3 a 0, em jogo válido pela segunda fase da Copa do Brasil trouxe uma boa noticia ao torcedor, que é a tentativa do técnico Eduardo Baptista de sair da mesmice, apesar de ainda não contar com atletas do porte de William Pottker, Thiago Galhardo e Renê Junior, contratados recentemente.

Seja com Guto Ferreira, Doriva, Felipe Moreira, Vinicius Eutrópio ou Alexandre Gallo, a Macaca ficou habituada a atuar  no 4-2-3-1. Ou seja a escalação de três jogadores como armadores e um atacante isolado na frente, o que gerava  ausência de oportunidades e como contraponto positivo um bom preenchimento dos espaços do meio-campo.

Eduardo Baptista fez diferente. Em boa parte do tempo contra o Genus colocou Ravanelli como liberdade para deslocar-se e com Clayson como auxiliar da armação e Wellington Paulista com a companhia de Felipe Azevedo. Para completar, Matheus Jesus era encarregado de surgir como elemento surpresa e realizar a transição ao ataque. Consequência positiva: os espaços nos lados do campo que anteriormente eram utilizados pelos meias agora estão sob a responsabilidade dos laterais,  dinâmica entendida por Reinaldo, com várias incursões ao campo de ataque.

Sem a posse de bola, a Macaca em alguns momentos utilizava as clássicas duas linhas de quatro jogadores ou fazia o combate inicial com João Vittor e assim evitava que Douglas Grolli e Kadu ficassem em maus lencóis. Tal cenário abre perspectiva para que em alguns jogos a Alvinegra escale um volante a mais no meio-campo e assim forneça a proteção necessária e a conjuntura ao contra-ataque que terá três peças a disposição: Roger, William Pottker e o próprio Wellington Paulista, que com sua dedicação em campo não parece nem um pouco disposto a sair do Estádio Moisés Lucarelli.

O ideal seria contar com recursos vultosos e contratar jogadores de elite para o Brasileirão. Mas a vitória diante do Gênus, apesar da fragilidade do oponente demonstrou algo inequívoco: Eduardo Baptista sabe o que quer e o lugar em que pretende chegar. Não é pouco.

(análise feita por Elias Aredes Junior – Foto de Fábio Leoni- Ponte Press)