Eleições no Guarani: quando as três chapas vão expulsar de campo os insultos pessoais? Quando as propostas serão prioridade?

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Teremos um mês de campanha no Guarani  até as eleições para o Conselho Deliberativo, marcada para o dia 11 de março. Nos últimos dias, ao receber mensagens e telefonemas de diversos grupos envolvidos no processo eleitoral, algo chamou minha atenção: em lugar de programa de governo, a conotação pessoal virou prioridade.

Não há discussão de propostas ou daquilo que poderá ser cobrado no próximo período no Alviverde. Tudo é focado nas pessoas envolvidas. Já ouvi que o Renova não pode ganhar porque são elitistas, preconceituosos com as classes mais baixas e que fazem atitudes diferentes do discurso; a chapa do Palmeron Mendes Filho não pode ser homologada porque tem o apoio de pessoas que seriam prejudiciais ao Guarani, como o ex-presidente Alvaro Negrão e os empresários Felipe Rosselli e o empresário Odair Paes Junior. Recebi mensagens e ouvi pessoas dizerem que a Chapa Hoje e Sempre Guarani jamais poderá ter a maioria porque Horley Senna é desagregador e não há como ficar eternamente na dependência de Nenê Zini.

O tiroteio continua e o Guarani escanteado. Ninguém discute o clube e seus desafios. Não há propagação de ideias e condutas para o Conselho Deliberativo e até que ponto isso pode influenciar o Conselho de Administração. É somente que ciclano não presta, fulano não vale nada e por aí vai. Discussão rasa, pobre, sem sentido.

Ao invés de se insultarem mutuamente, as três chapas (já que a chapa de Palmeron tentará a validação na assembleia de sócios) deveriam deixar os xingamentos de lado e falar de pontos práticos: o que planejar para o Guarani para daqui a 10 anos? Como aumentar o número de sócios? De que forma conduzir as prestações de contas do Conselho de Administração? Qual a fórmula para garantir estabilidade e decência aos funcionários? Como o Conselho vai colaborar para o crescimento do Guarani? Perguntas que forçam a apresentação de ideias e não a atual coleção de impropérios.

Um aviso poderia ser dado aos coordenadores e integrantes das três chapas: vocês não são os donos da cocada preta. Nem gênios da administração ou do futebol. Coloquem os pés no chão. O Guarani vive com vocês, mas ficou de pé antes da chegada de todos. A instituição é muito maior do que qualquer um que almeja o poder. Coloquem a mão na consciência. Trabalhem em prol do Guarani e não de si mesmos. Coloquem propostas para serem debatidas e não fomentem perseguições pessoais. Já seria um passo decisivo.

(análise feita por Elias Aredes Junior)