Brigatti alcança melhor marca na Ponte Preta em terceira passagem como interino

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Quando Eduardo Baptista foi demitido em 09 de março, João Brigatti assumiu o comando técnico da Ponte Preta, sob pressão e interinamente, com a missão de salvá-la do rebaixamento no Campeonato Paulista e de classificá-la na Copa do Brasil diante do Sampaio Corrêa. Quase um mês depois, após sua última participação na final diante do Mirassol, o objetivo está cumprido com um ingrediente extra: o tetracampeonato do Troféu do Interior.

Com três vitórias, três empates e uma derrota (57.1% de aproveitamento), o comandante conseguiu sua melhor marca como treinador do clube e entrega o time para Doriva com a permanência garantida na primeira divisão estadual e a classificação para a quarta fase da competição mata-mata.

Contratado para ser auxiliar da Alvinegra em dezembro de 2016, o ex-goleiro recebeu sua primeira oportunidade após a saída de Felipe Moreira, em março de 2017, quando ficou por quatro jogos e conseguiu um triunfo, duas igualdades e uma derrota – 41.6% de desempenho.

Durante a segunda passagem, foi apenas um tapa-buraco entre a queda de Gilson Kleina e a chegada de Batista. Para se ter uma ideia, o profissional comandou o time em apenas um jogo – triunfo sobre o Sport, na Copa Sul-Americana, mas amargou a eliminação no torneio continental.

Embora Doriva tenha sido apresentado como novo comandante da Ponte Preta na semana passada, Brigatti, que agora volta ao cargo de auxiliar técnico, dirigiu a equipe nas finais do Troféu do Interior porque o contratado havia atuado pelo Novorizontino nesta edição do Campeonato Paulista.

“Sempre fui muito positivo. Quero agradecer à instituição por tudo que fez na minha vida. Ela foi a grande responsável pela formação da minha família. Hoje eu consigo retribuir o que fez por mim. Sou torcedor da Ponte Preta, nunca neguei, mas sou profissional da bola e me preparei muito para isso. Fiquei dez anos longe. Quando voltei, para muitos, ainda era preparador de goleiros. Fui auxiliar técnico do Mazola, com quem aprendi muito. Tenham certeza de que eu me preparei para chegar nesta função. Não cai de paraquedas. É um cargo muito difícil. Temos que enaltecer todos que passaram por aqui. É preciso ter espirito, vontade e vibração”, afirmou Brigatti, em entrevista coletiva, após o título.

“Levantamos a moral da equipe. Não é qualquer um que faz isso. Você tem que estar preparado. Estou muito feliz. Isso, para mim, vale como Copa do Mundo”, concluiu, em tom eufórico.

(texto e reportagem: Eduardo Martins e Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)