Emerson Sheik se junta a Borges e aumenta sina de medalhões na Ponte Preta

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Não foi dessa vez que a sina dos medalhões foi quebrada na Ponte Preta. O atacante Emerson Sheik aumentou a lista dos atletas experientes que chegaram com grande responsabilidade, mas decepcionaram dentro de campo. O jogador de 39 anos até que começou bem no primeiro semestre, mas a falta de comprometimento resultou na queda de desempenho técnico e foi liberado antes do término do Brasileirão.

Sheik foi contratado durante as finais do Campeonato Paulista com um projeto audacioso do departamento de futebol. Com o time embalado pela campanha no Estadual, o desejo era montar um elenco com condições de brigar por G7, mas como se sabe a história foi diferente e o rebaixamento consolidado com uma rodada de antecedência. A exemplo de Emerson, a queda de rendimento da Macaca no segundo turno foi determinante para a confirmação do descenso.

O Só Dérbi relembra outros medalhões que não deram certo na Ponte Preta. Confira:

Rodrigo: contratado pela experiência após rodagens por Goiás, Grêmio, Inter, São Paulo e Vasco da Gama, encerrou sua passagem acumulando polêmicas. A principal do zagueiro de 37 anos na partida contra o Vitória, quando foi expulso após ‘dedar’ o adversário Tréllez.

Borges: a contratação solicitada pela torcida. O presidente Vanderlei Pereira, no início do primeiro mandato, resolveu dar ouvidos ao coro pontepretano e contratou Borges. Multicampeão por São Paulo, Santos e Grêmio, o artilheiro do Brasileirão de 2008 não passou dos seis gols em 31 jogos e sofreu com diversas vaias no Moisés Lucarelli.

Wellington Paulista: pouco valorizado na Ponte Preta, WP9 chegou como referência quando emprestado pelo Fluminense justamente para substituir Borges, mas a passagem foi discreta. Foram dez gols durante todo o ano e poucas oportunidades com Eduardo Baptista. Foi preterido por escolhas como William Pottker e Roger e, por isso, optou por deixar a Macaca. Hoje é um dos destaques e capitão da Chapecoense.

Edno: ex-companheiro de ataque de Ronaldo no Corinthians, artilheiro no futebol japonês e indicação de Guto Ferreira. Edno chegou para ser o comandante da Ponte Preta na Série B de 2014, mas foi decepcionante. Marcou apenas seis gols e atuou menos de um turno. Perdeu pênaltis e caiu em descrédito com a torcida da Macaca.

Ramírez: emprestado pelo Corinthians, o peruano – que jogava com Guerrero em sua seleção -, chegou a marcar em dérbi no início de sua passagem no Moisés Lucarelli, mas ficará conhecido por isso. O volante passou a ser duramente criticado pelas campanhas discreta durante o Brasileirão de 2013 e perdeu espaço com Jorginho. O currículo de várias Libertadores não foram suficientes para mantê-lo em Campinas.

Marcinho: um dos grandes exemplos de que a mistura medalhão e Ponte Preta tem gerado fracasso é o meia Marcinho. Ex-Corinthians, Palmeira e Flamengo, foi apresentado durante o lançamento do novo uniforme da equipe, mas em 28 jogos não ultrapassou a marca de três gols e atuações discretas.

Com outros exemplos mais antigos, a Ponte Preta se blindará de contratar jogadores mais experientes para a próxima temporada. Com o gerente Gustavo Bueno mantido, contratações como Xuxa, Rodrigo e Emerson Sheik serão mais difíceis de serem executadas na montagem do elenco que disputará o Paulistão.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)