Falta renovação e novos quadros na Ponte Preta, seja na situação ou oposição

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Chegamos a reta final de temporada na Ponte Preta e a torcida continua inconformada com as figuras de Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira, apesar de ambos oficialmente estarem afastados do exercício do poder. José Armando Abdalla Junior, detentor de uma boa vontade por parte do torcedor, protagonizou mais caneladas do que gols de placa em 2018.

A sequência construída por Gilson Kleina foi insuficiente para apagar o mar de erros que quase levaram o time ao rebaixamento no Paulistão e Série B, um cenário que não se concretizou graças a Kleina e João Brigatti.

Tudo isso fica pequeno perto de um quadro devastador: a falta de novas lideranças. Percebam: os personagens não mudam há anos. As mesmas frases, pessoas e cenário. Não há novidade. Na situação e na oposição.

Vanderlei Pereira, Tagino Alves dos Santos, Tiãozinho, Hélio Kazuo e outros estão juntamente com o grupo de Sérgio Carnielli há anos. Só se registra baixa de quadros, nunca a entrada de gente com potencial.

Na oposição, o quadro é dramático. A Ponte Preta atualmente só tem grupos de pensamentos diferentes  graças ao “Tudo pela Ponte, Nada da Ponte” e aos conselheiros natos, que vão na linha de frente e esquecem até a idade e o cansaço do tempo em nome de uma paixão. É elogiável, mas é muito pouco, quase nada diante de uma agremiação popular. Exemplo: se o grupo de Carnielli sair do poder, quem assumirá a bronca? Ninguém sabe.

Tudo isso é originado pela perda de relevância do Conselho Deliberativo na batalha da opinião pública. Faça a comparação: em Campinas, a Câmara de Vereadores tem parlamentares que utilizam os veículos de comunicação tanto para defender o atual prefeito Jonas Donizete como para criticá-lo. No âmbito do futebol, Grêmio e Internacional possuem Conselhos fortíssimos e com gente que concede entrevistas as rádios e televisões gaúchas com autoridade. Pense: quem exerce tal papel na Ponte Preta? Porque o Conselho Deliberativo não revela gente capaz de fazer a torcida pensa e refletir sobre o futuro? Conseguir responder tal pergunta é o começo para viabilizarmos a formação de novas lideranças.

(análise feita por Elias Aredes Junior)